Na Colônia Agrícola de Palhoça, na Grande Florianópolis, o som dos martelos e moldes de borracha ecoa diariamente como sinal de transformação — tanto de vidas quanto das rodovias catarinenses. É ali, dentro de uma unidade prisional de regime semiaberto, que mais de 50 apenados se dedicam à produção dos tachões de sinalização utilizados em obras do programa Estrada Boa, o maior investimento rodoviário da história de Santa Catarina.
Essas peças, conhecidas por organizarem o trânsito e aumentar a segurança nas vias, são fabricadas com rigor técnico. Todos os dias, cerca de 12 mil tachões saem da linha de produção instalada dentro da unidade, graças a uma parceria entre o Estado e uma empresa privada que opera diretamente na Colônia.
Esse esforço conjunto tem gerado um duplo impacto positivo. Para os detentos, representa ocupação, aprendizado profissional e a possibilidade de remição de pena — ou seja, redução do tempo de reclusão conforme as horas de trabalho. Para o Estado, significa economia nos contratos de sinalização viária e agilidade nas entregas das obras, além de incentivar a inclusão de mão de obra no processo de ressocialização.
A iniciativa se soma a outras atividades já desenvolvidas na Colônia Agrícola de Palhoça, como marcenaria, agricultura e manutenção predial. Todas as ações são supervisionadas por equipes técnicas, com apoio de parceiros públicos e privados, sempre com foco na reintegração social por meio do trabalho.
Essa integração entre justiça, segurança e infraestrutura está em linha com o que o Governo do Estado tem implementado nos últimos anos. O programa Estrada Boa já entregou 13 grandes obras rodoviárias em todas as regiões de Santa Catarina, com outras em ritmo acelerado para conclusão no segundo semestre de 2025 e ao longo de 2026. Os projetos envolvem desde restaurações em concreto e asfalto até duplicações e novas pavimentações — muitas delas em estradas que estavam há mais de 30 anos sem manutenção adequada.
Ao todo, os investimentos já ultrapassam a marca dos R$ 3,5 bilhões. E, por trás de cada quilômetro entregue, há também o esforço silencioso de quem, da Colônia Agrícola de Palhoça, está encontrando um novo caminho através do trabalho.

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