A sessão ordinária da Câmara de Vereadores de Florianópolis, realizada na tarde desta segunda-feira (18), precisou ser encerrada antes do previsto. O motivo foi um desentendimento entre parlamentares que começou ainda no início dos discursos partidários, quando o vereador Bericó (PL) fez críticas envolvendo a chamada linguagem de gênero e também a educação nas escolas da Capital.
A vereadora Ingrid Sateré Mawé (PSOL) solicitou uma questão de ordem para rebater os apontamentos, mas teve o pedido negado pela presidência. A negativa gerou forte reação, e a discussão rapidamente tomou conta do plenário.
De acordo com a nota oficial da Câmara, o presidente seguiu o Regimento Interno, que restringe o uso de questões de ordem a situações específicas — como reclamações formais sobre procedimentos, dúvidas de interpretação regimental ou solicitações diretas à Mesa. O texto esclarece que esse recurso não pode ser usado para debates durante falas de outros vereadores.
O impasse, no entanto, fez com que os ânimos se acirrassem, e outros parlamentares também se exaltaram. Para preservar a ordem, a sessão foi encerrada e deve ser retomada nesta terça-feira (19).
Em nota própria, a vereadora Ingrid afirmou que foi alvo de violência política de gênero e acusou o vereador Bericó de ter feito falas racistas contra quilombolas, além de declarações falaciosas sobre professores e educação sexual. A parlamentar também relatou que teria sido gravada por outros vereadores com a intenção de descredibilizá-la nas redes sociais.
A Câmara destacou que todos os parlamentares têm suas prerrogativas respeitadas, independentemente de cor, gênero ou ideologia, e reafirmou compromisso com o caráter democrático do Legislativo municipal.
O portal Agora Floripa segue apurando os desdobramentos da situação e acompanhará o retorno da sessão nesta terça-feira.
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