A terça-feira, 10 de junho, começou com os servidores públicos de São José, na Grande Florianópolis, em greve geral. A decisão foi tomada na semana anterior, durante uma grande assembleia do sindicato da categoria (Sintram/SJ), com a presença de mais de 1.500 trabalhadores. Eles decidiram cruzar os braços depois de rejeitar a proposta feita pela prefeitura.
O motivo principal da paralisação é que a categoria não se sentiu atendida em suas principais reivindicações. Apesar da prefeitura ter anunciado um reajuste de 5,53% nos salários e no vale-alimentação — o equivalente à inflação dos últimos 12 meses (IPCA) —, os servidores afirmam que a proposta foi limitada e não contempla os demais pontos que consideram importantes.
A greve é por tempo indeterminado, ou seja, vai continuar até que a prefeitura apresente uma proposta melhor. De acordo com o sindicato, a responsabilidade agora está nas mãos do prefeito. Enquanto isso, os servidores seguem organizando assembleias e mobilizações. A primeira reunião do movimento grevista já aconteceu nesta terça-feira, na Beira-Mar de São José.
Mesmo com a paralisação, a prefeitura garantiu que os serviços essenciais continuam funcionando normalmente.
O que os servidores estão pedindo?
Entre as principais reivindicações da categoria estão:
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Realização de novos concursos públicos e convocação dos aprovados nos concursos já realizados;
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Fim das terceirizações e das organizações sociais no serviço público;
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Criação do cargo efetivo de Professor de Educação Especial e Inclusiva, com concurso e chamada imediata dos aprovados;
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Piso salarial baseado nos grupos ocupacionais;
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Reposição das perdas salariais e aumento real de salário;
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Revisão dos salários dos cargos de Auxiliar e Técnico em Enfermagem;
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Liberação com remuneração para os oito dirigentes do sindicato;
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Pagamento de adicional por dedicação exclusiva de 40%;
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Redução da jornada de trabalho para 30 horas semanais, sem corte de salário;
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Pagamento de responsabilidade técnica para quem ainda não recebe;
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Vale-transporte gratuito ou auxílio-transporte para todos os servidores;
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Fim do desconto de 14% nos benefícios dos servidores aposentados;
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Eleições diretas para cargos de direção e coordenação nas unidades de trabalho;
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Melhoria nas condições de trabalho em geral.
O movimento também reforça o uso correto do dinheiro público, com o slogan: “É greve pelo dinheiro público para o serviço público já!”
A expectativa é que novas negociações aconteçam nos próximos dias. Os servidores continuam mobilizados e afirmam que só voltam ao trabalho quando forem ouvidos de verdade.
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