Dois chefes de uma facção criminosa foram presos nesta quinta-feira (15) em Florianópolis e Palhoça. Eles são apontados como os responsáveis por ordenar uma série de ataques violentos na Grande Florianópolis em outubro de 2024. Outros três mandados de prisão também estão sendo cumpridos contra suspeitos de envolvimento direto nos atentados.
A ação faz parte da segunda fase da operação chamada Tolerância Zero. Além das prisões, a polícia também realiza buscas em sete locais ligados aos criminosos. Na primeira fase, realizada em março, dez membros da mesma facção já tinham sido presos. As investigações continuam e a polícia reforça que só vai encerrar o trabalho quando todos os envolvidos forem identificados e presos.
Os ataques de outubro foram planejados para causar medo e confundir a polícia. Pelo menos 17 pontos da Grande Florianópolis foram incendiados, com carros e barricadas queimando em rodovias importantes como a BR-282, em São José, e a BR-101, em Palhoça.
Segundo as investigações, tudo foi organizado para desviar a atenção da polícia. A intenção da facção era permitir que criminosos que estavam cercados no Norte da Ilha conseguissem fugir. Os membros do grupo tentavam invadir a comunidade do Papaquara, que era controlada por uma facção rival. Eles estavam armados com fuzis e munições pesadas, prontos para um confronto violento.
A polícia conseguiu impedir a invasão, e os suspeitos fugiram para uma área de mata. Foi aí que os ataques começaram, como uma forma de espalhar o efetivo policial e facilitar a fuga.
O líder da tentativa de invasão ao Papaquara era conhecido como Romarinho. Ele chegou a gravar áudios ordenando que os comparsas matassem qualquer um que aparecesse pela frente, inclusive moradores. Considerado extremamente perigoso, Romarinho foi morto em confronto com a polícia no início de janeiro, durante uma operação no morro Santa Vitória, em Florianópolis.
Com a prisão dos novos suspeitos, a polícia se aproxima da conclusão do caso. No entanto, as buscas continuam para capturar todos os envolvidos e desmontar de vez o esquema criminoso que aterrorizou a Grande Florianópolis.
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