A antiga rodoviária de Florianópolis, localizada em plena avenida Mauro Ramos, voltou a ser assunto urgente entre autoridades municipais e o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC). Após novo alerta da 30ª Promotoria de Justiça da Capital, a Prefeitura se manifestou oficialmente nesta quarta-feira (26) sobre o estado do prédio, interditado por decisão judicial desde fevereiro deste ano.
O imóvel, desocupado por determinação da Justiça por apresentar riscos estruturais e ausência de segurança nas instalações, passou a ser alvo de ocupações irregulares por pessoas em situação de rua. Diante disso, o MPSC cobrou providências urgentes da Prefeitura para garantir o isolamento e evitar riscos à saúde e segurança da população que circula pela região central da cidade.
Em nota oficial, a Prefeitura de Florianópolis informou que, por meio da Secretaria de Segurança e Ordem Pública, intensificou as rondas da Guarda Municipal nas imediações do prédio. O objetivo é coibir novas ocupações e preservar a estrutura já existente, mesmo enquanto o futuro do imóvel segue indefinido.
Além da atuação imediata da Guarda, o Município também afirmou que mantém tratativas com o Governo do Estado para definir, de forma clara, quem detém a titularidade da área. Esse ponto é fundamental para que decisões concretas possam ser tomadas quanto ao destino do prédio.
A origem do impasse remonta à ação civil pública movida pelo próprio Ministério Público, que levou à desocupação do imóvel e à interrupção das atividades de lojistas que operavam no local sem licitação. A Justiça deu prazo de 90 dias, vencido em maio, para que a Prefeitura realizasse reparos exigidos em laudos técnicos. Entre os ajustes, estavam melhorias nas instalações elétricas e implantação de sistemas de emergência e combate a incêndios.
Com o prazo expirado e sem avanço visível, o Ministério Público acionou a Justiça novamente, solicitando que o Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil avaliem a real viabilidade da estrutura. O objetivo é determinar se o prédio pode ser recuperado com segurança ou se a demolição será inevitável. A análise do pedido está nas mãos da 3ª Vara Pública da Capital.
Enquanto isso, o MPSC segue insistindo na manutenção do isolamento total do local, para preservar a integridade da população e evitar riscos sanitários, sociais e estruturais. O caso também destaca a importância da coordenação entre os poderes para proteger áreas públicas estratégicas no coração de Florianópolis.
O cenário atual reforça que o destino da antiga rodoviária segue indefinido, mas está sendo acompanhado de perto por órgãos fiscalizadores e pela própria gestão municipal, que promete manter ações de monitoramento até que uma solução definitiva seja estabelecida.
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