A Polícia Civil de Santa Catarina procura um homem suspeito de comandar um esquema criminoso que teria movimentado cerca de R$ 20 milhões com fraudes na venda de veículos na Grande Florianópolis. O principal investigado, identificado como Natan Neri de Morais, é apontado como líder da organização ao lado de sua companheira, Josiane Raitz, que foi presa nesta sexta-feira (22) durante a Operação Baiacu.
De acordo com a investigação, o grupo usava documentos falsos e financiamentos irregulares para adquirir veículos de terceiros. Em muitos casos, chegavam a comprar de seis a oito carros de uma só vez com um único CPF. Após a aquisição, revendiam os automóveis exigindo entrada em dinheiro dos compradores e financiando o saldo restante.
O golpe se consolidava quando o casal deixava de repassar os valores das parcelas, embolsando o dinheiro pago. Para manter o controle sobre os veículos, instalavam rastreadores e, quando os compradores paravam de pagar, recorriam a violência, ameaças e extorsão para retomar os carros.
Segundo a apuração, Natan se passava por policial civil, advogado, corregedor do Detran e até membro do Ministério Público. O suspeito também forjava intimações da Justiça e do Ministério Público, além de alegar falsamente vínculos com autoridades políticas. Em alguns momentos, chegou a se apresentar como integrante da facção criminosa PCC, aumentando o medo das vítimas.
Diversos veículos de luxo e documentos falsos foram apreendidos durante a operação, que contou com o apoio da Polícia Militar, da delegacia de Antônio Carlos e da OAB de Biguaçu.
Em entrevista ao portal Agora Floripa, uma das vítimas relatou que foi atraída por anúncios de veículos em redes sociais. Depois de fechar a compra, passou a desconfiar da falta de repasse dos comprovantes de pagamento. Ao cobrar explicações, foi ameaçada e teve o carro levado de volta pelo grupo, que utilizou até a chave reserva. “Eles foram na minha casa, intimidaram minha família e chegaram a usar roupas de policial civil para se passar por autoridade”, contou a vítima.
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Natan segue foragido e qualquer informação pode ser repassada de forma anônima à Polícia Civil pelo telefone 181.
O portal Agora Floripa segue apurando o caso.


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