Uma operação realizada pela Polícia Civil de Santa Catarina, em conjunto com a Polícia Científica e a Cidasc, resultou na identificação de uma rinha de galos em funcionamento no bairro Pantanal, em Florianópolis. A ação ocorreu após a Delegacia de Proteção Animal receber uma denúncia apontando a existência de diversos galos criados especificamente para o uso em rinhas.
O local denunciado ficava em uma área de difícil acesso, numa escadaria do bairro. Após o recebimento das informações, foi solicitado mandado de busca e apreensão para que as autoridades pudessem verificar a situação dos animais e recolher materiais ligados à prática ilegal.
Durante a ação, os peritos constataram maus-tratos evidentes. Os 87 galos encontrados estavam mantidos em ambiente insalubre, sem acesso a água limpa, e vários apresentavam mutilações visíveis — como corte de crista, barbela, orelha e esporão — características frequentemente associadas ao uso em rinhas, com a intenção de tornar os animais mais resistentes e agressivos nos confrontos.
Além das aves, os agentes apreenderam um ringue improvisado e materiais utilizados para o “treinamento” dos galos. A estrutura indicava que a prática era recorrente no local.
O responsável pelos animais foi levado até a Delegacia de Proteção Animal, onde foram adotadas as medidas legais cabíveis. Ele foi nomeado fiel depositário dos 87 animais até que a Justiça decida o destino das aves.
A prática de rinha é considerada crime de maus-tratos, e, quando envolve a participação de mais pessoas de forma organizada, pode também caracterizar o crime de associação criminosa. As penas somadas podem chegar a até quatro anos de prisão, além de multa. A Polícia Civil reforça a importância de denúncias para combater esse tipo de crime.
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