No último sábado (21), a Passarela Nego Quirido, em Florianópolis, se transformou em um verdadeiro pedacinho do Norte e do Nordeste do Brasil. A 3ª edição do São João de Floripa reuniu cerca de 30 mil pessoas no coração da capital catarinense, numa celebração marcada por alegria, tradição e muito sabor.
Com programação desde as 10h da manhã até a madrugada, a festa gratuita ofereceu um mergulho completo na cultura popular das duas regiões homenageadas. Muita música, quadrilhas, danças típicas, apresentações culturais e uma praça de alimentação repleta de iguarias autênticas encantaram o público. Vatapá, tacacá, sarapatel e acarajé foram apenas algumas das delícias servidas e que emocionaram muitos dos presentes.
O evento é organizado pelo Centro de Tradições do Norte e Nordeste (CTNN), criado pelo maranhense José Nildo Barbosa Salles, conhecido carinhosamente como Chocolate, que vive em Florianópolis há quase três décadas. A festa surgiu como uma forma de acolher migrantes e, ao mesmo tempo, de compartilhar com os moradores da cidade a riqueza e diversidade das festas juninas do Norte e Nordeste.
Além do público animado, o São João de Floripa contou com a presença de autoridades. O presidente da Câmara Municipal, João Cobalchini, participou da festa e destacou a força da cultura popular. Já o prefeito Topázio Neto, também presente na Passarela, definiu o evento como o maior São João do Sul do Brasil e reforçou que a festa representa o espírito de uma cidade aberta e plural.
Quem passou pela Passarela Nego Quirido sentiu mais do que o clima festivo – sentiu pertencimento. Muitos migrantes reviveram memórias afetivas da infância e da terra natal. Para outros, foi a chance de conhecer de perto tradições vibrantes que raramente têm espaço nas festas típicas da região Sul.
O São João de Floripa já entrou de vez no calendário cultural da cidade e mostra que, quando se celebra a diversidade, todos ganham. Afinal, foi com muito forró, cores e sabores que a capital catarinense provou mais uma vez ser uma terra de braços abertos para todas as culturas.
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