Um episódio ocorrido durante um festival na Grande Florianópolis acabou na Justiça e terminou com condenação por danos morais. Um ouvinte de uma rádio local foi sorteado em uma promoção que prometia ingresso para um evento de grande porte na Capital, mas acabou sendo impedido de entrar e ainda passou por uma situação vexatória diante do público.
O caso aconteceu em outubro de 2015. Morador de outra cidade, o homem contemplado na promoção não tinha veículo próprio e precisou pegar carona para chegar até o local do festival. Enfrentou horas de trânsito na BR-101 e uma longa fila até conseguir se aproximar da entrada. Ao apresentar o voucher do sorteio, foi surpreendido com a informação de que o documento seria falso. O gerente do evento afirmou que não havia qualquer parceria com a rádio promotora do sorteio.
Mesmo tentando explicar que havia ganhado o ingresso pela rádio, o homem foi retirado à força pelos seguranças. A cena chamou a atenção de quem aguardava na fila, que passou a hostilizá-lo com gritos de “golpista” e “ladrão”. Sem conseguir entrar, ele esperou por cerca de cinco horas do lado de fora do evento antes de retornar à sua cidade.
Inconformado, procurou a rádio em busca de esclarecimentos, mas não obteve retorno. O caso foi parar na Justiça, e o juízo da comarca de Capivari de Baixo condenou tanto a rádio quanto a empresa organizadora do festival ao pagamento de indenização por danos morais.
A decisão destacou que houve falha na prestação de serviço, já que o participante não foi orientado corretamente sobre o procedimento para retirar o abadá, que deveria ter sido pego com antecedência em um hotel. A falta de informação clara e a exposição pública do ouvinte levaram ao reconhecimento do dano moral.
Em recurso, as empresas pediram para reverter a decisão, mas a Justiça manteve a condenação. A única alteração foi na quantia da indenização: o valor foi reduzido de R$ 10 mil para R$ 4 mil, com base na análise da gravidade do caso e nas condições financeiras dos envolvidos.
O episódio serve como alerta sobre a responsabilidade das empresas em promoções e eventos, especialmente no que diz respeito à clareza das informações e ao respeito ao consumidor.
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