Dois voos da Latam no Aeroporto Internacional de Florianópolis foram cancelados na manhã desta quinta-feira (12) após uma ação criminosa envolvendo drones no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. Um dos voos cancelados tinha como destino Florianópolis, e o outro, como origem a capital catarinense.
A operação criminosa está sendo investigada pela Polícia Federal, que descobriu que os drones foram utilizados por traficantes para monitorar a movimentação policial dentro da área restrita do terminal de Guarulhos. O objetivo era garantir o embarque clandestino de cerca de 150 quilos de pasta base de cocaína, distribuídos em três grandes caixas. A droga seria enviada para Joanesburgo, na África do Sul.
Os criminosos usaram os drones para vigiar a atuação da polícia e se antecipar a possíveis abordagens. A presença desses equipamentos no espaço aéreo provocou sérios riscos à segurança de voos, o que forçou o cancelamento e o atraso de diversas decolagens.
Durante a noite de quarta-feira (11), um piloto avistou um dos drones sobrevoando a região do aeroporto e alertou a torre de controle. Nas horas seguintes, ao menos seis a oito drones foram detectados, voando em áreas proibidas para esse tipo de equipamento. A movimentação causou a interrupção das operações aéreas por questões de segurança.
A Polícia Militar e o helicóptero Águia foram acionados, mas nenhum suspeito ou drone foi encontrado até o momento. Já os traficantes fugiram do local ao perceberem a chegada da Polícia Federal, deixando a droga para trás. Um segurança flagrou um carro lançando pacotes por cima de cercas, em direção a cúmplices que estavam dentro da área restrita do aeroporto.
A exposição de aeronaves a riscos como esse é considerada crime no Brasil, conforme o Código Penal, e pode gerar pena de até cinco anos de prisão — podendo ser ainda maior, caso ocorra algum acidente.
No total, a ação criminosa afetou 35 voos e causou o cancelamento de pelo menos seis em Guarulhos. Em Florianópolis, os cancelamentos deixaram passageiros frustrados e causaram filas no saguão do aeroporto durante a manhã.
A Polícia Federal segue investigando o caso para identificar todos os envolvidos e esclarecer como os criminosos conseguiram acessar áreas restritas do maior aeroporto do país. A ação ousada escancarou não apenas os riscos à segurança aérea, mas também o grau de sofisticação de esquemas ligados ao tráfico internacional de drogas.
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