A revitalização da Rua das Gaivotas, nos Ingleses, em Florianópolis, foi temporariamente suspensa pela prefeitura devido ao aumento do fluxo de turistas durante a alta temporada. As obras, que começaram em agosto e incluem drenagem, pavimentação, calçadas e ciclovias, serão retomadas somente após o verão para evitar maiores transtornos no trânsito.
Com a etapa de drenagem já concluída, o projeto segue parado, mas placas indicam a presença de obras ao longo dos 1,5 km da via. Enquanto isso, a empresa responsável, Setep SA, realizará manutenções temporárias para mitigar problemas. A suspensão, planejada pela Secretaria de Transportes e Infraestrutura, visa minimizar os impactos na mobilidade durante a temporada, mas gerou reações divididas entre os moradores e trabalhadores da região.
Investimento e melhorias esperadas
A revitalização, orçada em R$ 6,5 milhões, busca resolver problemas estruturais históricos, como alagamentos frequentes e a falta de calçadas em alguns trechos. O projeto é visto como essencial para a infraestrutura de um dos bairros mais populosos da capital catarinense, com mais de 51 mil habitantes, segundo o Censo de 2022.
Durante o verão, os Ingleses recebem um grande número de turistas, o que aumenta ainda mais a demanda por uma infraestrutura eficiente. A prefeitura reforça que a suspensão é temporária e que as obras serão retomadas assim que o fluxo de turistas diminuir, embora ainda não haja uma data definida para a conclusão.
Impactos para moradores e trabalhadores
Apesar dos avanços na drenagem, moradores e trabalhadores da região relatam dificuldades causadas pelos trechos inacabados. Em dias de chuva, a lama e os alagamentos atrapalham quem depende do transporte público. Já nos dias de sol, a poeira se torna um incômodo constante.
Sandra Reis, que utiliza ônibus diariamente, relatou os desafios enfrentados: “Quando chove, alaga tudo nos pontos de ônibus. Já nos dias de sol, a poeira é insuportável. Espero que as obras terminem logo, porque antes alagava tanto que a gente tinha que andar com água acima do tornozelo.”
Outro morador, José Antônio de Souza, que usa a bicicleta para se locomover, destacou os transtornos causados pelos bueiros entupidos com areia: “O acúmulo de água está prejudicando ainda mais a situação. Com o aumento do fluxo na temporada, vai piorar.”
No último fim de semana, o aumento do movimento de pedestres e veículos, combinado com a obra inacabada, já causou dificuldades na região. A expectativa é que as melhorias prometidas tragam benefícios significativos para a comunidade, mas, por enquanto, a paralisação deixa dúvidas e desafios para moradores e trabalhadores.
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