O prédio da antiga rodoviária de Florianópolis, localizado na avenida Mauro Ramos, voltou a ser pauta de preocupação pública. Após ser interditado judicialmente por apresentar riscos estruturais e falta de segurança nas instalações, o imóvel — situado em uma área central e nobre da cidade — está sendo alvo de invasões por pessoas em situação de rua. Diante desse cenário, o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) cobrou providências imediatas do Município para garantir o isolamento efetivo do local.
A solicitação partiu da 30ª Promotoria de Justiça da Comarca da Capital, que instaurou um procedimento administrativo e enviou ofício à Prefeitura. No documento, o MPSC requer que o Município apresente, em até 10 dias, informações detalhadas sobre a atual situação do prédio e a eficácia das ações adotadas até agora para prevenir novas ocupações irregulares.
O prédio foi oficialmente esvaziado no dia 10 de fevereiro, após decisão judicial que atendeu a um pedido da própria Promotoria em uma ação civil pública. A desocupação incluiu o encerramento da atividade de lojistas que atuavam no local sem licitação. A decisão também determinou um prazo de 90 dias para que fossem feitas as correções exigidas em laudos técnicos — entre elas, reparos nas instalações elétricas e a implementação de sistemas de emergência e prevenção contra incêndios.
Com o prazo vencido no fim de maio, o Ministério Público solicitou à Justiça a produção de provas por parte do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil, com o objetivo de esclarecer se ainda é possível recuperar o imóvel dentro das normas de segurança vigentes ou se será necessária a demolição do prédio. O pedido está sob análise da 3ª Vara Pública da Capital.
Enquanto não há uma definição oficial sobre o futuro da estrutura, o Ministério Público reforça a necessidade de manter o prédio interditado e devidamente lacrado, de modo a preservar a saúde, a segurança e a higiene do entorno e da população.
A situação da antiga rodoviária evidencia a importância da atuação coordenada entre os órgãos públicos para evitar o agravamento de problemas urbanos e garantir a integridade de áreas públicas estratégicas no coração de Florianópolis.
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