O caso que envolve a morte do dentista Cezar Maurício Ferreira, em uma cela da delegacia de São José, na Grande Florianópolis, ganhou novos desdobramentos após a divulgação dos resultados de um exame toxicológico. Segundo o laudo, Cezar não havia ingerido bebida alcoólica nem consumido drogas antes de ser preso. A informação foi divulgada pelo advogado da família, que acompanha o caso.
Cezar foi detido na noite de sexta-feira, dia 18, depois de se envolver em um acidente de trânsito. Ele apresentava sinais que inicialmente foram interpretados como indícios de embriaguez. No entanto, segundo a defesa da família, o acidente pode ter sido causado por um mal súbito relacionado ao uso de medicamentos para tratar depressão, diabetes e problemas cardíacos — substâncias que, de fato, apareceram no exame.
A situação ganhou ainda mais repercussão quando, na manhã seguinte, ele foi encontrado morto dentro da cela onde estava detido. O relatório do local do crime registrou um “odor característico de medicamento em excesso”, o que reforça a suspeita de que o dentista possa ter passado mal, e não estivesse sob efeito de álcool, como inicialmente suspeitado.
A causa exata da morte ainda não foi confirmada. Amostras toxicológicas adicionais estão sendo analisadas, e os resultados devem ficar prontos nos próximos 15 dias. Enquanto isso, a família já iniciou os trâmites para solicitar o afastamento dos policiais militares envolvidos na ocorrência que levou à prisão de Cezar.
O Ministério Público de Santa Catarina também acompanha o caso. A 12ª Promotoria de Justiça de São José solicitou um aprofundamento das investigações para apurar se houve algum tipo de omissão ou negligência por parte dos agentes públicos envolvidos no atendimento e na custódia do dentista.
A Polícia Militar, por sua vez, informou que não irá se manifestar oficialmente até que o laudo seja oficialmente entregue pela Polícia Científica. Já a Polícia Civil ainda não respondeu sobre os próximos passos da investigação, mas o caso segue sob apuração.
A expectativa é que, com os laudos complementares e a análise do Ministério Público, seja possível esclarecer com mais precisão as circunstâncias da morte de Cezar Maurício Ferreira, que era também servidor do Tribunal Regional do Trabalho de Santa Catarina.
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