Uma decisão judicial acaba de mudar os rumos do destino da antiga rodoviária de Florianópolis. O prédio, que marcou a história da cidade por décadas, não poderá ser demolido até que seja feito um estudo técnico para avaliar se o imóvel tem valor histórico, cultural ou artístico.
A medida atende a um pedido feito pelo Ministério Público de Santa Catarina, que alerta para a possibilidade de perda de um patrimônio importante para a capital catarinense. A Justiça também determinou que sejam reforçadas as estruturas de proteção no local, a fim de evitar invasões, depredações e ocupações irregulares.
O antigo terminal rodoviário, localizado na avenida Mauro Ramos, no Centro da cidade, foi construído em 1959 e funcionou como rodoviária principal até meados de 1981. Durante anos, abrigou lojas, comércios diversos e recebeu grande fluxo de passageiros que viajavam entre Florianópolis e outras regiões do estado e do Brasil.
O imóvel está hoje desocupado e em estado de abandono. Os tapumes que cercam o prédio são frágeis, e o espaço vem sendo usado como abrigo por pessoas em situação de rua e usuários de drogas. Essa condição de abandono e insegurança levou o Ministério Público a pedir também melhorias urgentes na proteção do espaço.
Além da análise sobre o valor histórico do prédio, a Justiça ainda destacou que há uma disputa judicial em andamento sobre a propriedade do terreno, que aparece com registros em nome tanto do Estado quanto do Município. Também há uma outra ação que envolve antigos lojistas, que alegam ter direito de propriedade sobre os boxes do local.
A Justiça negou um pedido da Prefeitura para realizar a demolição imediata do prédio, entendendo que não há comprovação de risco estrutural que justificasse a urgência.
Enquanto o estudo técnico é realizado, uma nova vistoria já está marcada. No próximo dia 30 de julho, às 14h, um promotor de Justiça vai visitar o local para verificar se as medidas de isolamento e segurança determinadas pela Justiça estão realmente sendo cumpridas.
O futuro da antiga rodoviária de Florianópolis, portanto, segue em aberto, mas agora sob olhar atento da Justiça e do Ministério Público, que buscam garantir que qualquer decisão seja tomada com responsabilidade e base técnica.
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