O Ironman Brasil 2025, que acontece no próximo domingo, 1º de junho, em Florianópolis, vai marcar uma história de superação que emociona e inspira. Pela primeira vez, um atleta transplantado renal vai participar da prova em Santa Catarina. Aos 45 anos, Thiago Regis é exemplo de força, determinação e amor pela vida.
Thiago recebeu um transplante de rim em julho de 2023, após passar por nove meses na fila de espera. A luta começou muito antes, em 2014, quando ele descobriu uma nefropatia grave durante exames de rotina. Durante anos, tentou controlar a doença com hábitos saudáveis, mas em 2022 precisou iniciar a diálise, etapa que encarou com coragem, sem jamais abrir mão das atividades físicas.
O sonho de participar do Ironman nunca saiu de seus planos. Mesmo durante o tratamento, ele seguiu treinando dentro das limitações, focado na saúde e na preparação para o maior desafio esportivo da sua vida. Hoje, menos de um ano após o transplante, Thiago está pronto para encarar a prova que reúne 3,8 km de natação, 180 km de ciclismo e 42 km de corrida.
Thiago carrega consigo não só a conquista pessoal, mas também uma mensagem poderosa sobre a importância da doação de órgãos. O gesto de generosidade de uma família, que autorizou a doação após a perda de um ente querido, deu a ele uma nova chance de viver e, agora, de realizar um sonho.
🌟 Santa Catarina é referência em doação de órgãos
O feito de Thiago tem ainda mais significado por acontecer em Santa Catarina, estado que se destaca no cenário nacional e internacional pela excelência no sistema de doação e transplante de órgãos. Segundo dados da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), o estado possui a segunda maior taxa de doação do país, com 39,3 doadores por milhão de habitantes, praticamente o dobro da média nacional, que é de 19,2.
Além disso, o índice de recusa familiar é um dos menores do Brasil, com 32%, enquanto a média nacional chega a 46%. Em 2024, a SC Transplantes, vinculada à Secretaria de Estado da Saúde (SES), registrou 753 notificações de potenciais doadores, dos quais 317 se tornaram doadores efetivos. Isso representa um índice de 42,10 por milhão de habitantes, consolidando Santa Catarina como referência no país.
Esse resultado é fruto de uma política pública consolidada há mais de 20 anos, que investe na capacitação contínua de profissionais de saúde e conta com uma estrutura logística eficiente, com transporte terrestre e aéreo para garantir que os órgãos cheguem rapidamente aos pacientes que aguardam na fila.
💖 Como ser doador e salvar vidas
A decisão de ser doador começa em casa. Não é necessário nenhum registro oficial, basta informar sua família sobre o desejo de doar. Somente com a autorização familiar a doação se concretiza. Por isso, conversar abertamente sobre o tema é essencial para salvar vidas.
O exemplo de Thiago reforça essa importância. Hoje, ele não só vive graças a esse gesto de amor, mas também leva sua história para inspirar outras pessoas sobre a força da doação e do recomeço.

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