Florianópolis fechou o mês de julho com inflação de 0,30%, o menor índice registrado na capital catarinense em 2025. Apesar do resultado indicar um certo alívio no custo de vida, o valor ainda está acima da média nacional, que foi de 0,26% no período.
O levantamento faz parte do Índice de Custo de Vida (ICV), calculado mensalmente pelo Centro de Ciências da Administração e Socioeconômicas (Esag) da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), com apoio da Fundação Esag.
Com esse resultado, Florianópolis deixou a liderança do ranking nacional de altas e passou a ocupar a quinta posição, atrás de São Paulo (0,46%), Porto Alegre (0,41%), Curitiba (0,33%) e Recife (0,32%).
Em outras regiões, o cenário foi diferente: cidades como Campo Grande (-0,19%), Rio Branco (-0,15%) e Goiânia (-0,14%) registraram queda no nível geral de preços, mostrando que a inflação teve comportamento desigual pelo país.
Tomate dispara e lidera aumentos de preços
Mesmo com o índice geral mais baixo do ano, alguns produtos continuam pressionando o bolso do consumidor. O destaque vai para o tomate, que acumulou alta de 82,50% nos últimos 12 meses, liderando a lista de aumentos no grupo de alimentos.
Logo atrás vêm o café em pó (+59,18%) e o café solúvel (+58,93%). Nas carnes, o filé mignon ficou 37,63% mais caro, enquanto a costela bovina subiu 34,48%. Doces como chocolate em barra e bombons registraram aumento de 37,00%.
A alta não ficou restrita à cozinha. Materiais de construção também pesaram no orçamento, com pedras para reparos subindo 57,67%. Entre as frutas, morango (+43,77%) e mamão (+38,38%) tiveram reajustes expressivos.
Perspectivas para os próximos meses
Apesar do resultado positivo de julho, especialistas alertam que novas pressões devem surgir. Um dos fatores previstos é o reajuste na tarifa de energia elétrica com o vencimento do contrato da Celesc, o que pode fazer a inflação voltar a subir.
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