A inflação sentida pelas famílias de Florianópolis desacelerou em abril. Os preços subiram 0,37% no mês, menos da metade do registrado em março (0,83%). O principal impacto veio dos alimentos, especialmente daqueles consumidos fora de casa. Ainda assim, o índice traz certo alívio para o bolso dos moradores da capital.
No acumulado de 2025, a inflação já chega a 3,05%. Nos últimos 12 meses, o avanço nos preços é de 6,84%. Os dados são do Índice de Custo de Vida (ICV), calculado mensalmente pela Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), por meio do Centro de Ciências da Administração e Socioeconômicas (Esag).
Comer fora ficou mais caro
O grupo alimentação e bebidas registrou a maior alta entre os itens avaliados, com aumento de 1,30% no mês. O destaque vai para os alimentos consumidos fora do domicílio, que subiram 2,52%, pressionando o orçamento de quem costuma almoçar ou lanchar em restaurantes.
Dentro de casa, os preços também aumentaram, mas de forma mais moderada (0,51%). Alguns itens, no entanto, apresentaram saltos expressivos. A batata inglesa subiu 22,84%, e o tomate, 1%. Tubérculos, raízes e legumes tiveram alta geral de 7,89%. As carnes (1,64%), os pescados (1,49%) e os chocolates e bombons (4,25%) também ficaram mais caros.
Por outro lado, frutas (-1,49%), hortaliças e verduras (-1,74%) e ovos e aves (-1,31%) tiveram queda de preços, ajudando a conter um pouco a alta no setor de alimentação.
Aluguel sobe, mas saúde e cuidados pessoais caem
O grupo habitação teve variação de 0,36%, puxado principalmente pelo aumento no aluguel residencial (1,80%). Já os serviços de reparo doméstico ficaram mais baratos, com redução de 1,02%.
Diferente do mês anterior, o grupo saúde e cuidados pessoais apresentou uma queda significativa (-1,21%). Os remédios subiram (1,18%) por causa do reajuste anual, mas itens de cuidados pessoais, como cosméticos e higiene, caíram 5,13%.
Vestuário e despesas pessoais também subiram
A segunda maior alta entre os grupos foi no vestuário (1,42%), com destaque para roupas (2,75%) e acessórios como joias e bijuterias (1,82%). Calçados e itens relacionados, no entanto, registraram queda (-1,20%).
Já o grupo despesas pessoais teve aumento de 0,83%, puxado por itens como recreação (1,49%) e fumo (3,84%).
Como o índice é calculado?
O ICV acompanha mensalmente os preços de 297 produtos e serviços consumidos por famílias com renda entre 1 e 40 salários-mínimos. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, o índice oficial de inflação nacional. O levantamento de abril foi feito com base nos preços coletados entre os dias 1º e 31 de março.
Desde 1968, o índice da Udesc serve como importante termômetro para o custo de vida na capital catarinense. Ele permite acompanhar a variação de preços e entender como os gastos do dia a dia afetam o orçamento das famílias em Florianópolis.
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