Um homem foi preso em Palhoça na última sexta-feira (11) por promover rifas irregulares com prêmios de alto valor pelas redes sociais. A investigação começou ainda em 2023, após a Receita Federal encaminhar à Polícia Civil informações sobre movimentações suspeitas envolvendo sorteios promovidos de forma clandestina nas plataformas digitais.
Segundo as autoridades, o esquema envolvia a promoção de rifas com forte apelo popular e prêmios atrativos — como veículos de luxo, motos esportivas e jet skis — sem qualquer tipo de autorização legal. A prática, enquadrada como jogo de azar, é proibida no Brasil quando realizada sem respaldo de regulamentação oficial.
O caso ganhou proporções maiores com a suspeita de crimes como lavagem de dinheiro e associação criminosa. De acordo com as investigações, o lucro das rifas era utilizado para aquisição de bens de alto valor e movimentações financeiras estratégicas, com o objetivo de ocultar a origem ilícita dos recursos.
Em 27 de fevereiro de 2024, a Divisão de Investigação Criminal (DIC) de Palhoça, em conjunto com a Delegacia de Combate a Estelionatos de Florianópolis, cumpriu três mandados de busca e apreensão. Além disso, houve bloqueio de até R$ 400 mil em contas bancárias de cada investigado.
Durante a operação, diversos bens de luxo foram apreendidos: uma Range Rover Evoque, uma motocicleta CBR-1000RR, dois jet skis, um BMW modelo 320 e uma caminhonete VW Amarok.
O inquérito foi concluído em outubro de 2024 e enviado ao Ministério Público, que denunciou o suspeito pelos crimes de exploração de jogo de azar, lavagem de dinheiro e associação criminosa. Com base nessa denúncia, a 1ª Vara Criminal da Comarca de Palhoça expediu o mandado de prisão que resultou na detenção do investigado.
As investigações continuam para apurar possíveis ramificações do esquema. A Polícia Civil também analisa a origem e o destino de valores movimentados pelas redes sociais, além de outros envolvidos na operação.
A prisão reacende o debate sobre a popularização de rifas e sorteios online, muitas vezes usados como fachada para práticas ilícitas e dissimulação de patrimônio.
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