A quinta-feira (12) começou com transtornos para quem depende do transporte coletivo na Grande Florianópolis. Uma greve de ônibus, deflagrada nas primeiras horas da manhã, interrompeu parte significativa da operação do sistema e provocou filas e superlotação nos pontos da região.
Decidida na noite anterior em assembleia, a paralisação surpreendeu os passageiros, especialmente porque o sindicato havia sinalizado que não haveria interrupções no início do dia. Sem aviso prévio, as empresas Transol e Canasvieiras não saíram das garagens, o que comprometeu principalmente os deslocamentos do Norte da Ilha para o Centro de Florianópolis. A plataforma A do Terminal Central (Ticen) ficou completamente fechada.
Muitos trabalhadores, vindos de cidades vizinhas como São José, Palhoça e Biguaçu, conseguiram chegar até o terminal, mas ficaram presos ali, sem opções para seguir viagem. A frustração foi generalizada. Pontos lotados e falta de informação foram a realidade enfrentada por quem depende do transporte público.
Por enquanto, apenas as empresas Biguaçu, Jotur, Estrela e Imperatriz mantêm operação, ainda que parcial. A estimativa é de que ao menos sete municípios sejam afetados ao longo do dia: Florianópolis, São José, Biguaçu, Palhoça, Governador Celso Ramos, Santo Amaro da Imperatriz e São Pedro de Alcântara.
Apesar da autorização da Prefeitura de Florianópolis para que vans privadas operem de forma emergencial, não há qualquer oferta efetiva disponível até o momento. O serviço alternativo só será ativado “em caso de necessidade”, e o valor da tarifa ainda não foi definido. Ou seja, por enquanto, a população continua sem alternativas viáveis.
A paralisação é reflexo da falta de acordo entre os trabalhadores e o Setuf, o sindicato que representa as empresas de ônibus da região. A categoria, que estava em estado de greve desde o final de maio, cobra reajuste salarial, aumento no vale-alimentação, retorno de cobradores nos ônibus, melhores condições de trabalho e melhorias no plano de saúde.
A proposta mais recente das empresas inclui 8% de reajuste nos salários, aumento de 12,5% no vale-alimentação, que passaria a ser de R$ 1.258, e uma elevação de 77% na gratificação para motoristas que também atuam como cobradores. O índice de reajuste supera a inflação do período, que foi de 5,32%, mas os trabalhadores ainda consideram a proposta insuficiente.
Enquanto sindicato e empresas não chegam a um consenso, quem mais sofre é a população. A greve segue em estado de alerta, podendo se repetir ou se intensificar nos próximos dias, o que mantém os usuários do transporte público em constante incerteza.
Para acompanhar a situação em tempo real, os passageiros podem consultar o aplicativo Floripa no Ponto, onde são atualizados os horários e linhas ativas. A recomendação das autoridades é que todos busquem se informar antes de sair de casa, pois o cenário pode mudar a qualquer momento.
Compartilhe essa informação com quem precisa saber!
Entre na comunidade do AGORA FLORIPA e receba informações gratuitas no seu Whatsapp!
