Grande Florianópolis tem escolas sem água potável e banheiro; Veja os dados e o que será feito

Uma força-tarefa nacional está em andamento para garantir água potável, banheiros e saneamento básico nas escolas públicas do país. O projeto Sede de Aprender, liderado pelo Ministério Público e pelos Tribunais de Contas, revelou dados alarmantes sobre a situação das unidades de ensino em Santa Catarina — e a Grande Florianópolis não ficou de fora desse triste retrato.

🚱 Falta de água potável, banheiro e esgoto na Grande Florianópolis

Na região da Grande Florianópolis, existem escolas que funcionam sem o mínimo de infraestrutura necessária. Segundo dados do Censo Escolar 2024, analisados pela força-tarefa, os problemas são gravíssimos em vários municípios da região:

💧 Escolas sem água potável:

Florianópolis (1 escola)
Governador Celso Ramos (1 escola)
Palhoça (2 escolas)
Santo Amaro da Imperatriz (2 escolas)
São Bonifácio (1 escola)
São José (1 escola)
Biguaçu (1 escola)

➡️ Total na região: 9 escolas sem acesso à água potável.

Essas escolas, somadas, atendem centenas de estudantes que convivem diariamente com a ausência desse recurso básico e essencial para qualquer atividade escolar, além de comprometer a higiene, segurança e saúde dos alunos.

🚫 Escolas sem esgotamento sanitário:

Biguaçu (1 escola)
Palhoça (1 escola)

➡️ Total na região: 2 escolas sem esgoto.

A falta de esgotamento sanitário impacta diretamente na saúde dos estudantes e funcionários, além de representar risco ambiental e social para toda a comunidade escolar.

🚻 Escolas sem banheiro:

Guabiruba (3 escolas) – município que, embora próximo à Grande Florianópolis, também foi incluído na abrangência do levantamento devido à gravidade dos casos.

➡️ Total: 3 escolas funcionando sem banheiros adequados.

É difícil imaginar que, em pleno 2025, ainda haja estudantes que frequentam escolas sem algo tão básico quanto um banheiro.

🔍 O que está sendo feito?

Entre os dias 2 e 6 de junho, 50 promotores de justiça e auditores fiscais do Tribunal de Contas de Santa Catarina (TCE/SC) realizam uma grande operação para visitar presencialmente todas essas unidades de ensino que apresentam problemas. O objetivo é verificar a situação real, aplicar um questionário com 41 perguntas sobre infraestrutura e cobrar soluções imediatas dos gestores públicos.

Essa mobilização faz parte de um esforço nacional, envolvendo todos os Ministérios Públicos do país e os 27 Tribunais de Contas, com apoio de instituições como a Associação dos Membros dos Tribunais de Contas do Brasil (Atricon) e o Instituto Rui Barbosa (IRB).

📊 Por que isso importa?

A falta de água potável, esgoto e banheiros em escolas não é só um problema de infraestrutura. É uma violação direta dos direitos fundamentais das crianças e adolescentes. O acesso à água limpa e ao saneamento básico é essencial para a saúde, dignidade e o próprio processo de aprendizagem.

Sem esses itens básicos, o risco de doenças aumenta, além da evasão escolar e da dificuldade de manter um ambiente minimamente seguro e acolhedor para estudantes e professores.

🌎 Grande Florianópolis faz parte do desafio nacional

O cenário encontrado na Grande Florianópolis reflete um problema nacional. No Brasil, pelo menos:

647 mil estudantes estão em escolas sem água potável.
357 mil em escolas sem esgoto.
347 mil em escolas sem banheiro.

Só em Santa Catarina, são 66 escolas sem água potável, 33 sem esgoto e 30 sem banheiro. E infelizmente, uma parte delas está bem aqui, na Grande Florianópolis.

📢 E agora?

O resultado das inspeções dará origem a relatórios que vão subsidiar:

Ações judiciais, termos de ajustamento de conduta (TAC) e recomendações.
Pressão sobre gestores para que realizem obras emergenciais.
Acompanhamento permanente da situação escolar.

Além disso, o projeto também visa:

Conscientizar sobre o ciclo da água e sustentabilidade nas escolas e comunidades.
Capacitar escolas e inspirar melhorias que vão além da sala de aula.