Na manhã desta sexta-feira (5), a Polícia Civil de Santa Catarina realizou uma operação que resultou na prisão de três empresários em Joinville, suspeitos de integrar um esquema que desviou R$ 4 milhões em doações destinadas a hospitais do estado, incluindo unidades na Grande Florianópolis. Ao todo, a ação cumpriu 15 mandados de busca e apreensão em Joinville, Florianópolis, Brusque e Blumenau.
Segundo as investigações, empresas intermediárias desviavam recursos das faturas de energia elétrica de cerca de 8 mil consumidores, que deveriam ser repassados a hospitais, prejudicando entidades como o Hospital de Azambuja (Brusque), Hospital Misericórdia (Blumenau) e o Hospital Bethesda (Joinville). Na Grande Florianópolis, a Celesc também foi identificada como vítima, já que os valores eram captados sem o conhecimento da companhia.
A fraude foi descoberta pelo próprio Hospital Bethesda, que começou a perceber inconsistências nas doações durante a pandemia. “Pessoas doavam em nosso nome, mas na fatura de energia elétrica não constava nosso nome”, explicou o diretor Lúcio Slovinski, reforçando que a denúncia partiu da própria instituição.
Durante a operação, quatro veículos foram apreendidos, avaliados em quase R$ 1 milhão, além de documentos e equipamentos que auxiliam na investigação do esquema. A Polícia Civil apura indícios de estelionato, falsidade ideológica, associação criminosa e lavagem de dinheiro. Entre os presos está Slaviero Mario Bunn, dono da empresa que intermediava as doações, e Ronaldo Dutra, ligado a um grupo de escoteiros de Joinville. Um terceiro empresário também foi detido, mas sua identidade não foi revelada.
As instituições afetadas reforçaram que continuam garantindo segurança e transparência nas doações. A Celesc esclareceu que atua apenas como meio de arrecadação, repassando integralmente os valores às entidades conveniadas. Já a UEB, União dos Escoteiros do Brasil, afirmou que o grupo envolvido não possui vínculo com a instituição e segue regras de ética, transparência e responsabilidade.
O portal Agora Floripa segue apurando os desdobramentos do caso, destacando a importância da fiscalização sobre doações e a atuação das autoridades para proteger recursos que deveriam ser destinados à saúde da população.
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