A Praia da Joaquina, um dos cartões-postais mais famosos de Florianópolis e reduto do surfe catarinense, entrou na mira do Ministério Público Federal (MPF). Um inquérito civil foi aberto para investigar o extravasamento de esgoto registrado na orla, levantando suspeitas sobre falhas no sistema de tratamento de um hotel localizado à beira da praia.
O procedimento, instaurado pelo procurador Renato de Rezende Gomes, determina que órgãos públicos e responsáveis pelo saneamento apresentem informações técnicas sobre o caso. Foram expedidos ofícios à Casan (Companhia Catarinense de Águas e Saneamento), à Prefeitura de Florianópolis e ao diretor da Blitz Sanear, com prazo para encaminhar relatórios que comprovem a regularidade ou não do sistema de tratamento do empreendimento.
A investigação ganhou força após denúncias de que um derramamento irregular estaria chegando até a areia da praia. Em março de 2025, a Casan confirmou a existência de despejo irregular, após denúncias feitas por frequentadores e pela Associação de Surf da Joaquina (ASJ). A situação foi registrada em vídeo, mostrando o esgoto correndo a céu aberto em uma das praias mais visitadas da capital catarinense.
Segundo a denúncia, além do risco ambiental, o problema já causa mau cheiro e desconforto aos banhistas, prejudicando também a rotina dos surfistas que utilizam a Joaquina como principal ponto de treino.
Próximos passos
O MPF aguarda a apresentação de documentos e laudos técnicos para avaliar as medidas a serem tomadas. A depender das respostas, novas ações poderão ser definidas, incluindo recomendações ou até mesmo processos judiciais contra os responsáveis.
A apuração do portal Agora Floripa mostra que a Praia da Joaquina, por ser um dos principais símbolos turísticos e esportivos de Florianópolis, está sob atenção especial de autoridades ambientais e de entidades ligadas ao surfe. A expectativa é de que a situação seja esclarecida e solucionada o quanto antes para evitar prejuízos maiores ao meio ambiente e ao turismo local.
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