Duas propostas que prometem transformar a mobilidade urbana de Florianópolis começaram a tramitar na Câmara de Vereadores nesta segunda-feira (5). Os projetos de lei, voltados para aumentar a quantidade de vagas de estacionamento e para reduzir acidentes com motociclistas, foram protocolados por parlamentares da capital e podem representar mudanças significativas no cotidiano de quem circula pelas ruas da cidade.
A primeira proposta, apresentada pelo vereador João Padilha (PL), prevê a criação de vagas de estacionamento em ângulo de 45 graus nas vias públicas. A ideia é simples, mas eficiente: ao reposicionar os veículos, é possível aumentar consideravelmente a capacidade de estacionamento, especialmente em áreas com largura suficiente. O modelo já é utilizado com sucesso em cidades como São Paulo, Goiânia e Ribeirão Preto.
Segundo o projeto, esse tipo de vaga pode melhorar a rotatividade dos carros e contribuir para reduzir congestionamentos em zonas de grande circulação. Mas a implantação em Florianópolis exige cuidado, já que muitas ruas do Centro, como a Anita Garibaldi, têm medidas diferentes e exigem avaliação técnica para garantir a segurança e a fluidez no tráfego.
Já o segundo projeto é voltado à segurança dos motociclistas. De autoria da vereadora Ingrid Sateré Mawé (PSOL), o texto propõe a criação de motofaixas em toda a extensão da Avenida Beira-Mar Norte, desde a saída da Ponte Pedro Ivo até a Rua Deputado Antônio Edu Vieira. A proposta se baseia em experiências bem-sucedidas de outras cidades brasileiras, como São Paulo, onde a implementação desse tipo de faixa reduziu em até 40% os acidentes com motos.
Além da redução de acidentes, o projeto aponta que as motofaixas podem aliviar os custos com atendimento médico. No Hospital Regional de Florianópolis, por exemplo, mais de 60% dos casos de trauma atendidos são relacionados a acidentes com motociclistas. Cada ocorrência pode gerar despesas superiores a R$ 80 mil para o sistema público de saúde.
Florianópolis, como cidade turística e com fluxo intenso de veículos, busca soluções que combinem segurança, mobilidade e uso inteligente do espaço urbano. Os dois projetos seguem agora para discussão nas comissões da Câmara. Caso avancem, podem representar um passo importante para uma cidade mais eficiente e segura para todos.
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