O Ministério Público de Santa Catarina apresentou denúncia contra Richard da Rosa Rodrigues, de 23 anos, e contra a mãe do menino Moisés Falk da Silva, de 4 anos, encontrado morto em Florianópolis no dia 17 de agosto. O caso, que chocou a comunidade, aponta para homicídio duplamente qualificado, por meio cruel e pelo fato de a vítima ser menor de 15 anos.
Segundo a investigação conduzida pela Polícia Civil, o padrasto seria responsável pelas agressões que resultaram na morte da criança. Já a mãe é acusada de omissão, mesmo diante dos sinais claros de violência. Moisés vivia na casa com a mãe, o padrasto e uma tia.
O que mostrou a investigação
No dia da morte, equipes médicas ainda tentaram reanimar Moisés por mais de 45 minutos, mas não houve sucesso. O caso ganhou força após relatos de vizinhos que afirmaram que o menino sofria agressões frequentes. Para esconder as marcas, a mãe dizia que os hematomas seriam resultado de uma doença, informação que nunca foi confirmada por exames médicos.
Um dos episódios mais graves ocorreu em maio, quando o menino foi levado ao Hospital Infantil Joana de Gusmão com manchas roxas no rosto, nas orelhas, no abdômen e nos lábios. Na ocasião, o padrasto afirmou que Moisés havia caído da cama. No entanto, os médicos identificaram escoriações compatíveis com sinais de defesa e notificaram a Polícia Civil, o Conselho Tutelar e a Vigilância Epidemiológica.
A partir disso, a Delegacia de Proteção à Criança, ao Adolescente, à Mulher e ao Idoso abriu um inquérito para apurar a suspeita de maus-tratos, que acabou se confirmando com a morte da criança.
Situação atual
O padrasto segue preso preventivamente, enquanto a mãe responde em liberdade provisória. A denúncia apresentada pelo Ministério Público aguarda análise da Justiça. Caso seja aceita, os dois se tornam réus e o processo criminal terá início.
O portal Agora Floripa segue acompanhando os desdobramentos do Caso Moisés e apura novos detalhes sobre a tramitação judicial.
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