Uma proposta do vereador Ricardo Pastrana está movimentando o debate em Florianópolis. A indicação enviada ao prefeito Topázio Neto sugere o cercamento de praças e parques da cidade, com controle de horários de funcionamento e acesso. O objetivo, segundo o parlamentar, é aumentar a segurança pública, preservar o patrimônio e permitir que as famílias tenham mais tranquilidade ao frequentar os espaços.
De acordo com a proposta, a medida visa coibir ações recorrentes de vandalismo, consumo de drogas e outras práticas ilícitas que ocorrem, principalmente, durante a madrugada. O vereador, que atua há 21 anos na Guarda Municipal, afirma que hoje não há respaldo legal para retirar frequentadores desses locais fora de horário — algo que mudaria com a regulamentação do funcionamento por tempo determinado e com uma delimitação física.
A ideia não é colocar muros, mas sim cercas ornamentadas e discretas, de até 1,5 metro de altura, que funcionem como delimitadores simbólicos e jurídicos, semelhantes aos controles de acesso usados em aeroportos. Segundo Pastrana, a intenção é trazer ordem, e não afastar pessoas, garantindo que no dia seguinte os locais estejam limpos e prontos para uso por famílias, crianças e idosos.
Cidades como São Paulo, Curitiba e Porto Alegre já adotaram medidas semelhantes com parques emblemáticos como o Ibirapuera, o Tanguá e a Redenção. Em Florianópolis, o parlamentar relembra que a Praça XV, entre 1891 e 1912, já teve portões e horários de funcionamento — ou seja, há base histórica para retomar a organização desses espaços.
A proposta ainda está em fase de indicação, mas poderá evoluir para um projeto de lei conforme o diálogo com a população avança. A ideia já gerou forte repercussão nas redes sociais, com milhares de visualizações e centenas de comentários, tanto de apoio quanto de críticas.
Enquanto alguns veem a medida como positiva para a segurança e o uso mais qualificado dos espaços públicos, outros apontam preocupação com a possível exclusão de pessoas em situação de vulnerabilidade, além do risco de transformar áreas públicas em ambientes excessivamente controlados.
A proposta está agora nas mãos do Executivo Municipal, que poderá avaliar a viabilidade de sua implementação. Até lá, o debate segue nas ruas, nas redes e dentro da Câmara Municipal.
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