A cidade de Florianópolis entrou oficialmente em situação de emergência em saúde pública por causa do crescimento acelerado dos casos de doenças respiratórias. O decreto foi publicado nesta quinta-feira e terá validade de 180 dias. A medida foi tomada após o registro de mais de 400 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), com reflexo direto na superlotação das unidades de saúde e no aumento expressivo das internações hospitalares.
Segundo dados da prefeitura, entre janeiro e abril deste ano, os atendimentos pediátricos por infecções respiratórias aumentaram 84,59%, enquanto os atendimentos clínicos em adultos subiram 42,55%. Apenas entre março e abril, o número de transferências de pacientes das UPAs para hospitais saltou 260%, evidenciando a gravidade da situação.
A chegada do frio, com a aproximação do inverno, agrava ainda mais o cenário, já que as temperaturas mais baixas favorecem a disseminação de vírus e aumentam os riscos de complicações respiratórias.
Os hospitais da Grande Florianópolis operam perto do limite. Conforme o painel do Centro de Informações Estratégicas para a Gestão do SUS de Santa Catarina (Cieges SC), a taxa de ocupação dos leitos de UTI na região está em 92,95%. Atualmente, restam apenas 17 leitos disponíveis: dois para adultos, nove pediátricos e seis neonatais.
Diante da crise, o município reforça a importância da vacinação contra a gripe, que é uma das formas mais eficazes de prevenção. Neste momento, a imunização está liberada para os grupos prioritários, como crianças pequenas, gestantes, idosos, pessoas com doenças crônicas ou deficiência, e trabalhadores da saúde, educação, segurança e transporte. A partir do dia 12 de maio, a vacina será liberada para toda a população acima dos 6 meses de idade.
A vacinação está disponível em todos os centros de saúde de Florianópolis, no espaço Imuniza Floripa, na van da vacina e também na sala de vacinação do SESC, parceira da campanha. Além da vacinação, as equipes de saúde estão sendo reforçadas, e o monitoramento da situação inclui análise dos casos confirmados, tempo de espera por atendimento e grau de gravidade das infecções.
Embora o momento exija atenção, a orientação é manter a calma, redobrar os cuidados e buscar a vacinação o quanto antes para ajudar a conter a propagação dos vírus e proteger a população mais vulnerável.
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