O custo de vida das famílias em Florianópolis teve uma leve alta de 0,11% em agosto de 2025, segundo o Índice de Custo de Vida (ICV) calculado pela Udesc Esag em parceria com a Fundação Fesag. O levantamento considera os gastos de famílias com renda entre um e 40 salários-mínimos e avaliou 297 itens entre os dias 1º e 31 de agosto.
Do total, 95 produtos apresentaram aumento de preços, 106 permaneceram estáveis e 96 tiveram queda. Apesar da alta, o índice mostra desaceleração em relação a agosto de 2024, quando havia subido 0,32%, e também em comparação a julho de 2025, que registrou avanço de 0,30%.
Com o resultado do mês, o acumulado do ano chega a 4,39%, enquanto o acumulado dos últimos 12 meses alcança 6,59%.
Energia elétrica pesa no bolso
O maior impacto veio do grupo Habitação, que registrou aumento de 2,14%, puxado pelo reajuste da tarifa de energia elétrica residencial, que subiu 10,89%. A elevação reflete a revisão tarifária anual da Celesc e a mudança na bandeira vermelha do patamar 1 para o patamar 2, o que elevou a cobrança extra nas contas de luz.
Esse aumento compensou parte da queda registrada em outros grupos e foi o principal responsável pelo avanço do índice no mês.

Alimentos em queda pelo segundo mês
Se por um lado a energia elétrica pesou, os alimentos ajudaram a aliviar. O grupo Alimentação e Bebidas, que tem o maior peso no índice (22,17%), registrou queda de 0,37%, mantendo a tendência de retração.
A redução foi puxada por produtos consumidos em casa, com destaque para:
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Tomate (-17,32%)
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Morango (-8,69%)
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Alcatra (-4,80%)
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Bisteca suína (-4,71%)
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Cebola (-4,64%)
Por outro lado, alguns itens apresentaram aumento, como beterraba (+8,80%), leite em pó instantâneo (+6,43%) e achocolatado em pó (+7,05%).
A alimentação fora do domicílio se manteve estável, sem variações significativas.

Outros grupos em destaque
Além da habitação e da alimentação, outros setores influenciaram o índice:
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Transportes (-0,86%): queda puxada pela redução no transporte público (-3,02%) e leve recuo nos combustíveis (-0,12%);
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Vestuário (-0,86%) e Despesas pessoais (-0,78%) também ajudaram a conter a inflação;
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Já Artigos de residência (+1,23%), Saúde e Cuidados Pessoais (+0,79%) e Comunicação (+0,55%) registraram aumentos moderados.
No caso da comunicação, o reajuste de combos de serviços (+3,95%) puxou o grupo para cima, mas a queda no acesso à internet (-9,26%) ajudou a equilibrar.

Panorama
A apuração do portal Agora Floripa mostra que o cenário de agosto revela forças opostas: enquanto os alimentos em safra ajudaram a aliviar os preços, a energia elétrica foi o grande vilão do mês. Para os próximos meses, o comportamento do custo de vida em Florianópolis seguirá dependendo do equilíbrio entre esses fatores.
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