A Prefeitura de Florianópolis anunciará uma nova medida para lidar com o agravamento da situação envolvendo pessoas em situação de rua: a aquisição de vagas em clínicas psiquiátricas privadas para a realização de internações involuntárias. O objetivo é dar uma resposta emergencial aos casos mais críticos, em que há risco à própria vida ou à integridade de terceiros.
A iniciativa prevê a compra de 50 vagas, que estão em fase de licitação. O processo de internação será realizado somente após avaliação por uma equipe técnica multidisciplinar, envolvendo profissionais da Saúde, Assistência Social e Segurança Pública. Essa análise definirá se a internação involuntária é, de fato, necessária em cada caso.
A medida faz parte de um conjunto de ações coordenadas pelo poder público para enfrentar o aumento de pessoas em situação de vulnerabilidade nas ruas da capital catarinense. Além da atuação local, o tema também está sendo debatido em nível estadual, com o apoio da Fecam (Federação Catarinense dos Municípios).
Na manhã desta sexta-feira (13), um encontro realizado na Casa d’Agronômica, em Florianópolis, reuniu representantes de diferentes esferas de governo e órgãos públicos para discutir a construção de um protocolo unificado de atendimento à população em situação de rua. Estiveram presentes o governador Jorginho Mello, o presidente da Fecam e prefeito de Florianópolis, Topázio Neto, além de secretarias estaduais, prefeitos de grandes cidades, Tribunal de Justiça, Ministério Público, Assembleia Legislativa e Tribunal de Contas.
Entre os encaminhamentos definidos no encontro, está a criação de um Cadastro Estadual da População em Situação de Rua. Esse cadastro permitirá mapear com mais precisão o número de pessoas em situação de rua e de passagem nos municípios catarinenses, bem como identificar as principais demandas e necessidades dessa população.
A intenção é estruturar políticas públicas mais eficazes, com ações integradas entre saúde mental, assistência social, empregabilidade e segurança pública, respeitando as realidades de cada município — especialmente os com mais de 50 mil habitantes.
Florianópolis, que já conta com programas de acolhimento e reinserção social, reforça agora sua atuação com medidas mais contundentes, tentando equilibrar o cuidado social com a segurança urbana. A expectativa é de que, com o apoio do governo estadual e de outras instituições, a cidade e os demais municípios catarinenses avancem para uma abordagem mais coordenada e eficiente.
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