Florianópolis amanheceu com megaoperação policial contra facção criminosa

Uma operação de grande porte foi deflagrada na manhã desta quarta-feira (24) na Grande Florianópolis, com foco no combate ao crime organizado. A ação é resultado de uma longa investigação conduzida pela Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco/DEIC) e tem como alvo 17 integrantes da facção criminosa PGC (Primeiro Grupo Catarinense), responsável por comandar o tráfico de drogas na comunidade da Serrinha, na capital.

Ao todo, estão sendo cumpridos 27 mandados de busca e apreensão nas cidades de Florianópolis, Palhoça e São Pedro de Alcântara. Parte dos alvos da operação já está presa: três mandados são cumpridos na Penitenciária de Florianópolis e um no Complexo Penitenciário de São Pedro de Alcântara, onde se encontram líderes da organização criminosa.

As investigações começaram após a Delegacia de Homicídios da Capital repassar à Draco provas sobre um crime ocorrido em julho de 2022, quando um homem foi executado com 13 tiros na comunidade da Serrinha. O crime foi motivado por vingança e teria sido ordenado por uma das lideranças do PGC, um homem de 29 anos, já condenado neste mês a mais de 21 anos de prisão pelo homicídio. A vítima era suspeita, dentro da facção, de envolvimento em um outro assassinato ocorrido no Morro da Perla, no bairro Saco dos Limões.

A partir desse caso, a Draco intensificou as investigações e conseguiu identificar 17 membros do PGC atuando de forma coordenada no tráfico de drogas e em outras práticas criminosas na região. A operação foi autorizada pela Vara Criminal da Região Metropolitana da Capital, com parecer favorável da 39ª Promotoria de Justiça, e integra a 2ª edição da Operação Renorcrim, uma ação nacional de enfrentamento às organizações criminosas, coordenada pelo Ministério da Justiça.

Além dos policiais da Draco/DEIC, a operação conta com o apoio de diversas unidades especializadas da Polícia Civil de Santa Catarina, como a DEIC, DPGF, CORE, NOC e a DINF-SAP, além do suporte da Rede Nacional de Unidades Especializadas de Enfrentamento às Organizações Criminosas (Renorcrim).

A ação reforça o compromisso das forças de segurança pública com o combate ao tráfico de drogas, ao comércio ilegal de armas e à atuação de facções criminosas na Grande Florianópolis. A expectativa é que os materiais apreendidos hoje ampliem ainda mais as investigações sobre a rede criminosa que opera na região.