Moradores do bairro Rio Vermelho, em Florianópolis, denunciaram que estão enfrentando longas filas ainda de madrugada para conseguir atendimento no centro de saúde da comunidade. O caso chegou ao conhecimento do Ministério Público de Santa Catarina, que instaurou uma notícia de fato para apurar os relatos e cobrar explicações da prefeitura.
De acordo com os moradores, a espera começa antes mesmo do sol nascer. Para conseguir uma ficha, muitas pessoas precisam madrugar na frente da unidade — inclusive pacientes com direito ao atendimento prioritário. O abaixo-assinado entregue ao MP reuniu assinaturas e depoimentos sobre a dificuldade para agendar consultas com enfermeiros, dentistas e clínicos gerais.
Além das filas, também há queixas sobre a possível falta de profissionais, especialmente na equipe de odontologia. As denúncias motivaram a 33ª Promotoria de Justiça da Capital a pedir esclarecimentos à Secretaria Municipal de Saúde de Florianópolis.
O Ministério Público quer entender como funciona o sistema de agendamento no centro de saúde do bairro Rio Vermelho e por que a unidade ainda não estaria utilizando ferramentas digitais para marcar consultas — como o aplicativo “Alô, Doutor”, WhatsApp ou outros canais eletrônicos.
Outra questão levantada é se há um modelo padrão de funcionamento entre os centros de saúde da cidade ou se cada um pode definir os próprios procedimentos de atendimento. A Promotoria também solicitou que sejam apresentadas alternativas para evitar que a população precise enfrentar filas tão cedo, muitas vezes sem garantia de conseguir consulta.
A situação da equipe de odontologia também entrou na pauta da investigação. A Secretaria Municipal de Saúde deverá informar se há escassez de dentistas atuando no local e quais medidas podem ser tomadas para regularizar o atendimento.
Enquanto aguarda as respostas oficiais, a comunidade do bairro Rio Vermelho segue esperando por melhorias que garantam o acesso digno à saúde pública, sem a necessidade de passar a madrugada em filas.
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