Na noite de terça-feira (3), a Polícia Militar localizou famílias em situação de rua no Centro de Florianópolis, incluindo três crianças de 10, 7 e 3 anos, todas em visível estado de vulnerabilidade. A ocorrência mobilizou a assistência social da capital catarinense, que acolheu o grupo em hotéis e no Centro POP, destinados a pessoas em situação de rua.
Segundo os relatos, uma das famílias afirmou que teve as passagens até Florianópolis custeadas pela Assistência Social de Curitiba. Os núcleos familiares eram compostos por imigrantes vindos do Equador, Colômbia e Venezuela.
Diante da repercussão, a Prefeitura de Florianópolis informou que realizou o acolhimento emergencial, mas constatou que as famílias não tinham vínculos na cidade, como parentes ou oportunidades de trabalho. A administração entrou em contato com a Fundação de Ação Social de Curitiba e, na quinta-feira (4), providenciou o retorno dos imigrantes para a capital paranaense.
Já a Prefeitura de Curitiba negou ter enviado as famílias, alegando que a decisão de ir para Florianópolis foi delas próprias. A nota oficial reforça que foi oferecido pernoite e acolhimento em Curitiba, mas que o grupo optou por não permanecer e pediu apoio para viajar até Santa Catarina, onde acreditava ter referência de apoio.
📊 Contexto em Florianópolis
A capital catarinense tem intensificado as ações voltadas à população em situação de rua. Apenas em 2025, mais de 350 passagens foram emitidas para pessoas retornarem às cidades de origem, em iniciativa do Centro Pop e Passarela da Cidadania. Segundo o aplicativo Acolher, cerca de 70% das pessoas em situação de rua em Florianópolis são de outros municípios.
O portal Agora Floripa segue apurando os desdobramentos do caso, que envolve diretamente as gestões de Florianópolis e Curitiba, além da realidade migratória de famílias estrangeiras que chegam em busca de apoio.

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