Os ônibus voltaram a circular gradualmente em Florianópolis a partir das 10h30 da manhã desta quinta-feira (12), depois de uma paralisação surpresa que durou mais de cinco horas. Apesar do retorno dos serviços, o estado de greve dos trabalhadores do transporte coletivo continua e novas paralisações podem ocorrer a qualquer momento.
A manhã foi marcada por confusão e frustração para quem depende do transporte público. A paralisação atingiu em cheio as linhas operadas pelas empresas Transol e Canasvieiras, que suspenderam suas atividades às 5h da manhã, afetando 89 linhas e deixando sem transporte principalmente os moradores da região Norte e Leste da Ilha. A plataforma A do Ticen, principal terminal do Centro de Florianópolis, ficou completamente fechada.
A paralisação não havia sido anunciada com antecedência. No dia anterior, os trabalhadores haviam garantido que os ônibus circulariam normalmente nas primeiras horas da manhã, o que não se concretizou. Passageiros que vieram de outras cidades como São José, Biguaçu e Palhoça ficaram presos no terminal sem conseguir chegar ao trabalho.
🔁 Empresas que seguiram operando
Enquanto Transol e Canasvieiras pararam, outras empresas continuaram atendendo a população, como Biguaçu, Jotur, Estrela e Imperatriz. Ainda assim, o impacto foi grande na mobilidade urbana da região.
Segundo a Prefeitura de Florianópolis, apenas 30% dos horários programados foram cumpridos até o meio da manhã. A orientação para os usuários é acompanhar em tempo real as condições das linhas pelo aplicativo Floripa no Ponto.
📢 Reivindicações e impasse
A greve foi decretada na noite de quarta-feira (11), durante assembleia que reuniu motoristas e cobradores da Grande Florianópolis. A categoria já estava em estado de greve desde o dia 30 de maio, mas até então o sistema não havia sofrido paralisações.
Os trabalhadores rejeitaram a proposta mais recente das empresas, que oferecia:
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Reajuste salarial de 8%
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Aumento de 12,5% no vale-alimentação, alcançando R$ 1.258 por mês
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Gratificação 77% maior para motoristas que também atuam como cobradores
Mesmo com os aumentos oferecidos acima da inflação — medida em 5,32% pelo INPC —, a categoria não aceitou o acordo. A insatisfação segue pautada por reivindicações como melhores condições de trabalho, melhorias no plano de saúde, mais cobradores nos ônibus e valorização profissional.
🚐 Prefeitura autoriza vans, mas só se greve continuar
Como medida emergencial, a Prefeitura autorizou a circulação de vans privadas para atender a população em caso de nova paralisação, mas reforçou que o serviço alternativo só será acionado se houver necessidade. Ainda não há informações sobre o valor da tarifa ou as rotas disponíveis.
A administração municipal segue monitorando as negociações entre as empresas do Consórcio Fênix e os representantes dos trabalhadores, buscando evitar mais transtornos para os moradores.
🚨 Estado de alerta continua
Apesar da retomada parcial nesta quinta-feira, a greve dos motoristas e cobradores não foi encerrada. O estado de greve continua, o que significa que novas paralisações podem acontecer a qualquer momento, inclusive em outros seis municípios da Grande Florianópolis: São José, Palhoça, Biguaçu, Governador Celso Ramos, Santo Amaro da Imperatriz e São Pedro de Alcântara.
A população deve continuar atenta às atualizações dos próximos dias. O clima ainda é de incerteza para quem depende diariamente do transporte público.
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