A Polícia Civil de Governador Celso Ramos vai investigar um possível esquema de cobrança irregular para a realização de sepultamentos em um dos cemitérios públicos do município. Segundo denúncias, famílias enlutadas estariam sendo obrigadas a pagar R$ 1.200 a uma pessoa indicada por um servidor público para garantir a vaga no cemitério.
Em um dos casos relatados, um funcionário da Prefeitura, teria informado que não havia vaga disponível no cemitério desejado, mas que seria possível “dar um jeito” caso a família realizasse o pagamento a um terceiro. O próprio funcionário público teria fornecido o contato da pessoa que receberia o valor.
De acordo com os relatos, esse terceiro seria o responsável por tarefas como escavar a cova e preparar a carneira — atividades que, conforme a função do coveiro, deveriam ser feitas sem custo à população. Ao ser questionado, o servidor confirmou a existência da cobrança e chegou a afirmar que o esquema seria de conhecimento do atual da secretaria de Obras.
A Prefeitura de Governador Celso Ramos se manifestou sobre o caso por meio de nota oficial. Segundo o comunicado, todos os cemitérios da cidade são de propriedade das igrejas locais. A Prefeitura, com a permissão dos responsáveis por esses espaços, apenas presta serviços como escavação e preparação das covas, além da manutenção e limpeza do local. Esses serviços são oferecidos de forma totalmente gratuita à população.
Ainda conforme a nota, a construção de túmulos ou carneiras não é responsabilidade da Prefeitura. Esse tipo de serviço deve ser contratado diretamente pelas famílias, quando desejarem personalizações.
A administração municipal reforçou seu compromisso com a legalidade e pediu que os moradores denunciem qualquer cobrança indevida por meio da Ouvidoria Municipal. O caso agora será analisado pela Polícia Civil, que poderá identificar se houve crime, como concussão — quando um servidor público exige vantagem indevida em razão do cargo.
A investigação buscará esclarecer os fatos e responsabilizar os envolvidos, caso fique comprovada a irregularidade. A população pode e deve colaborar, denunciando práticas abusivas e exigindo seus direitos, especialmente em momentos delicados como a perda de um ente querido.
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