O Ministério Público de Santa Catarina está atento a um problema que vem preocupando médicos e pacientes em Florianópolis e no Estado: o risco de paralisação das cirurgias oftalmológicas em hospitais públicos. Para evitar esse cenário, o MP abriu um inquérito e está buscando soluções junto ao Governo do Estado para garantir que os procedimentos continuem sendo realizados com qualidade e sem atrasos.
Na segunda-feira (12), uma reunião foi realizada com médicos da área de oftalmologia do Hospital Governador Celso Ramos, em Florianópolis, para entender de perto as dificuldades. O principal problema é a falta de insumos básicos, como fios e colírios, além de questões relacionadas à manutenção dos equipamentos e ao fim de contratos de comodato, que deixam os aparelhos parados por tempo indeterminado.
O inquérito busca identificar falhas nos processos de compra e locação dos equipamentos usados em cirurgias como as de catarata e retina. A investigação quer garantir que os materiais estejam sempre disponíveis e que os aparelhos estejam em perfeito estado de funcionamento. A ideia é acabar com a burocracia que vem travando os procedimentos e prejudicando os pacientes.
Outro ponto importante é o acúmulo de atendimentos nos hospitais públicos de Florianópolis e São José. Muitos municípios fazem mutirões de cirurgias, mas não oferecem o acompanhamento necessário. Quando ocorrem complicações, os casos acabam sendo levados para esses hospitais, que ficam sobrecarregados. Por isso, o MP também está pedindo a regulamentação desses mutirões, para que tudo seja feito com mais responsabilidade.
Como parte das providências, o Ministério Público solicitou à Secretaria de Estado da Saúde várias informações: o número de pessoas na fila de espera, onde os procedimentos estão sendo realizados, quais equipamentos estão sendo usados (e se são comprados, alugados ou emprestados), além dos custos de contratação e manutenção. O objetivo é garantir mais transparência, planejamento e eficiência.
O Ministério Público quer evitar que decisões administrativas mal planejadas ou a lentidão da burocracia atrapalhem o atendimento. Com isso, o foco é proteger os pacientes e garantir que ninguém deixe de fazer sua cirurgia por falta de fio, colírio ou equipamento parado. A saúde da visão precisa ser tratada com prioridade, e Florianópolis está se mobilizando para isso.
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