Parlamentares da Assembleia Legislativa de Santa Catarina voltaram suas atenções nesta quarta-feira (16) para um episódio que chamou a atenção em Palhoça: o caso de uma baleia franca que ficou presa em uma rede de pesca na praia da Pinheira por três dias, com o filhote ao lado, enquanto o Ibama monitorava a situação à distância.

A cena comoveu moradores e turistas, principalmente quando um homem decidiu entrar no mar e soltar o animal preso. No entanto, a possível aplicação de uma multa ao responsável pelo resgate gerou forte reação de deputados estaduais, que classificaram a postura do órgão federal como omissa.
Durante a sessão, foi mencionado que o Ibama teria optado por não intervir diretamente, na expectativa de que a rede se soltasse sozinha. O episódio motivou duras críticas por parte de representantes do PL e do MDB, que expressaram indignação diante da possibilidade de penalização de quem, na visão dos parlamentares, apenas tentou ajudar o animal.
Além do caso na Pinheira, foi feito um alerta para uma nova ocorrência semelhante na praia do Siriú, em Garopaba. Os deputados cobraram providências rápidas para evitar que a situação se repita, enfatizando que a demora pode causar sofrimento aos animais.
A crítica ganhou apoio de outros parlamentares, que aproveitaram o momento para questionar a atuação do Ibama de maneira mais ampla. Eles alegaram que o órgão, por vezes, se mostra ausente quando deveria proteger efetivamente a fauna marinha, e lembraram de outras situações em que se sentiram prejudicados por burocracias ambientais.
O episódio reacende o debate sobre o papel das instituições federais na preservação da vida marinha e levanta questionamentos sobre como equilibrar responsabilidade técnica, ação direta e o protagonismo das comunidades costeiras em situações emergenciais.
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