Com um impacto cada vez mais visível na vida de milhares de estudantes catarinenses, os programas Universidade Gratuita e Fumdesc vêm transformando o acesso ao ensino superior em Santa Catarina — e Florianópolis é um dos reflexos mais expressivos desse avanço.
Durante audiência pública na Assembleia Legislativa, foram apresentados dados que mostram o alcance social dessas iniciativas. Entre todos os beneficiados pelos dois programas, 82% estudaram em escolas públicas. Além disso, 85% conciliam os estudos com o trabalho, o que revela a realidade de jovens e adultos que lutam diariamente para conquistar um diploma e garantir uma vida melhor.
Atualmente, mais de 50 mil estudantes estão matriculados com apoio do Universidade Gratuita e do Fumdesc, seja em instituições comunitárias ou privadas. E o objetivo do governo estadual é ainda mais ambicioso: atingir 70 mil beneficiados até 2026.
Além do impacto social, os programas também estão sendo ajustados para maior eficiência. Uma nova medida provisória permitirá que recursos não utilizados permaneçam no próprio sistema, ampliando a concessão de bolsas. Outra medida recente autoriza o uso de excedentes do superávit estadual, o que gerou uma nova rodada de bolsas no valor de R$ 35 milhões.
Com rendas médias entre R$ 2 mil e R$ 2,2 mil, os contemplados representam o público-alvo exato de uma política pública voltada à equidade: estudantes que, sem esse apoio, possivelmente não estariam na universidade.
Aperfeiçoamento e transparência
Apesar dos avanços, os programas também passaram a ser alvo de análises mais rigorosas. Um relatório preliminar do Tribunal de Contas do Estado indicou cerca de 700 casos com inconsistências patrimoniais, o que levou a Secretaria da Educação a solicitar investigação imediata. Em resposta, um grupo interinstitucional de fiscalização foi montado com a participação de diversos órgãos, incluindo o Ministério Público, a Controladoria-Geral do Estado e a Polícia Civil.
Novas medidas também vêm sendo adotadas para evitar fraudes e aumentar a transparência:
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Publicação antecipada de editais;
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Criação de um simulador de índice de carência;
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Canal 0800 exclusivo para denúncias;
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Plataforma única da SED para inscrições, com documentação digitalizada;
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Planejamento de um portal da transparência com dados completos dos programas.
Com esses ajustes, o governo pretende assegurar que os recursos continuem chegando a quem realmente precisa — e com justiça.
Desafios e proteção institucional
Ainda em construção, essa política estadual é hoje considerada a maior do Brasil em acesso e permanência no ensino superior. Justamente por isso, o governo se posiciona no sentido de proteger sua legitimidade, blindando o programa de usos políticos ou interesses alheios ao bem público.
Se há falhas, elas devem ser corrigidas. Se há irregularidades, que sejam responsabilizadas. Mas o cerne da proposta — incluir, apoiar e formar quem mais precisa — segue inabalável, especialmente para os jovens que sonham com um diploma, e para as famílias que veem, na educação, a única ponte para um futuro mais digno.
Em Florianópolis e em todo o estado, o Universidade Gratuita e o Fumdesc não apenas financiam estudos. Eles financiam sonhos. E isso precisa ser defendido, aprimorado e, acima de tudo, fiscalizado com responsabilidade.


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