Na manhã desta segunda-feira (14), o plenário da Câmara Municipal de Florianópolis recebeu uma mobilização importante e carregada de indignação. Moradores de bairros como Armação, Pântano do Sul, Ribeirão da Ilha, Costa de Dentro, Balneário dos Açores, Matadeiro e Lagoa do Peri ocuparam o espaço da Tribuna Livre para fazer um apelo direto às autoridades municipais. O motivo: décadas de abandono e a urgência por soluções que garantam dignidade e qualidade de vida à população do Sul da Ilha.
Organizados pela Associação de Moradores e Amigos pelo Resgate da Armação (AMAR), os representantes apresentaram um manifesto construído de forma coletiva por nove entidades da região. O documento lista prioridades que afetam o cotidiano da comunidade e pede atenção imediata do poder público para áreas como segurança, saúde, saneamento básico, mobilidade, urbanização, preservação ambiental, limpeza urbana e criação de espaços de convivência.
Entre os pontos mais críticos levantados está a ausência total de saneamento básico. A consequência, segundo os moradores, é uma série de impactos que vão desde riscos à saúde até o fechamento das praias para banho. A Praia da Armação, por exemplo, está imprópria há 14 anos, segundo o grupo. O manifesto também alerta para o assoreamento do Rio Sangradouro, a proliferação de construções irregulares e a falta de fiscalização ambiental.
Durante a manifestação, lideranças comunitárias reforçaram que essa luta não é recente. Moradores relataram que há mais de duas décadas a população tenta ser ouvida por diferentes gestões municipais, mas sem respostas concretas.
O sentimento compartilhado por todos que participaram da Tribuna Livre é de abandono e cansaço. A comunidade afirma que se uniu, mais uma vez, não apenas para cobrar, mas para propor. O objetivo agora é transformar o manifesto entregue à Câmara em um compromisso público e monitorável, com prazos e medidas reais.
A mobilização desta segunda-feira representa mais que uma reivindicação. É o reflexo de uma população que quer permanecer em seu território com dignidade, segurança, saúde e infraestrutura — e que não está mais disposta a esperar em silêncio.
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