O Caso Moisés, que chocou Florianópolis em agosto, teve um novo desdobramento na Justiça. O padrasto do menino de 4 anos, que morreu com sinais de violência, passou a ser réu e responderá por homicídio duplamente qualificado. Já a mãe da criança teve a denúncia rejeitada pelo Judiciário, mas o Ministério Público informou que poderá recorrer da decisão.
O caso
Moisés Falk da Silva foi levado no dia 17 de agosto à UPA do MultiHospital, no bairro Carianos, quase sem sinais vitais. O menino, autista não verbal, apresentava hematomas no corpo, marcas de mordida no rosto e sinais de agressão. Apesar dos esforços médicos, não resistiu.
Na época, tanto a mãe quanto o padrasto, Richard da Rosa Rodrigues, de 23 anos, foram presos em flagrante. Em audiência de custódia, a prisão de Richard foi convertida em preventiva, enquanto a mãe, grávida de seis meses, foi liberada com medidas cautelares, como recolhimento domiciliar noturno, comparecimento periódico em juízo e proibição de deixar a comarca sem autorização.
Histórico de maus-tratos
O caso revelou que Moisés já havia passado por situações de violência meses antes. Em maio, ele foi atendido no Hospital Infantil Joana de Gusmão com hematomas no rosto, abdômen e lábio. Os médicos apontaram sinais sugestivos de maus-tratos, mas o padrasto afirmou que a criança teria caído da cama.
Segundo vizinhos, a criança era frequentemente alvo de agressões. Para justificar os machucados, a mãe teria dito que o filho sofria de uma doença autoimune ainda em investigação.
Próximos passos
Com a decisão judicial, o padrasto será julgado por homicídio duplamente qualificado. Já em relação à mãe, caberá ao Ministério Público avaliar se apresentará recurso para incluir novamente a denúncia contra ela.
O portal Agora Floripa segue apurando os desdobramentos desse caso que mobiliza a capital catarinense e desperta forte comoção.
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