Nesta semana, um manifesto assinado por 183 entidades empresariais de Santa Catarina ganhou repercussão ao afirmar que o Brasil estaria caminhando para uma “venezuelização” da população. O documento, publicado na segunda-feira (21), reúne principalmente Câmaras de Dirigentes Lojistas de cidades pequenas e médias, incluindo algumas da Grande Florianópolis, como a CDL Florianópolis e a CDL São José, além da Associação de Moradores de Jurerê. A carta expressa preocupação com o aumento da carga tributária, especialmente o reajuste do IOF, e critica o que chamam de inchaço da máquina pública e a falta de reformas estruturais.
O manifesto ressalta o impacto negativo das decisões do governo federal na economia e no cotidiano dos brasileiros, pedindo uma reação urgente para evitar o que classificam como um cenário de crise e “caos”. Segundo o texto, a sociedade estaria acuada diante dos desafios impostos pelos governantes, enquanto parte dos representantes públicos agiria em interesse próprio. A carta também destaca a necessidade de combater desperdícios, corrupção e ineficiência no setor público, buscando retomar o caminho do “Ordem e Progresso” presente na bandeira nacional.
Porém, a jornalista Amanda Miranda, doutora em Jornalismo e possui forte presença nas redes sociais, usou seu perfil no Instagram para criticar duramente a carta. Ela questionou a representatividade das entidades envolvidas, apontando que muitas são de cidades pequenas e pouco expressivas, como Iraceminha-SC, cidade com pouco mais de 4 mil habitantes situada na região Oeste de SC, que desconhecia até então. Amanda afirmou que essa manifestação está repleta de desinformação e que entidades maiores, como a CDL Florianópolis, sequer divulgaram a carta oficialmente em seus canais oficiais.
Além disso, Amanda destacou dados oficiais que indicam a geração de mais de 70 mil empregos em Santa Catarina só em 2025, com mais de um milhão de novas vagas no Brasil, contestando o tom alarmista do manifesto. Ela citou que cidades da Grande Florianópolis, como São José, lideram a criação de postos de trabalho no Estado, o que contraria a ideia de que o país caminha para uma crise econômica profunda.
A jornalista criticou a disseminação da carta, classificando-a como uma tentativa de criar pânico e desinformação, e lamentou que a imprensa repercuta esse tipo de documento sem oferecer contrapontos. Para ela, Santa Catarina não é representada por esse tipo de discurso e o debate público precisa ser conduzido com mais coerência e responsabilidade, evitando alarmismos infundados.
O portal Agora Floripa procurou as assessorias de imprensa das entidades CDL Florianópolis, CDL São José e a Associação de Moradores de Jurerê, mas até o fechamento desta matéria não houve nota oficial.
O manifesto das entidades e a crítica da jornalista Amanda Miranda refletem as tensões atuais em torno das medidas econômicas adotadas pelo governo federal, como o aumento do IOF e a discussão sobre tributação de grandes fortunas. Esses temas têm provocado debates intensos entre empresários, governo e sociedade, especialmente em uma região economicamente ativa como a Grande Florianópolis.
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