Uma capivara presa em um penhasco, em uma área de difícil acesso no costão de Florianópolis, mobilizou esforços de resgate e despertou a solidariedade de crianças de 8 anos da rede pública. A história ganhou força nas redes sociais após a professora Monique Maia, de 42 anos, natural da capital catarinense, compartilhar a situação com seus alunos e pedir ajuda aos órgãos competentes.
Tudo começou quando um amigo de Monique encontrou a capivara enfraquecida, cercada por rochas e água profunda. Sem conseguir resgatá-la sozinho, passou a levar capim e água diariamente até que o salvamento fosse possível. A primeira tentativa oficial foi feita pela Polícia Militar Ambiental, ainda na terça-feira (15), mas as condições do terreno impediram o resgate.
Monique, que atua como professora de crianças com espectro autista, compartilhou a situação com seus alunos em sala de aula. O caso tocou profundamente as crianças, que passaram a demonstrar preocupação genuína com o animal. A comoção foi tanta que elas começaram a gravar mensagens de voz, expressando sua vontade de ver a capivara a salvo.
Em um dos áudios, uma criança explica ao coleguinha:
“Tem uma capivara presa no morro… lá no costão tem uma água muito funda. Se ela escorregar, ela vai se afogar… isso é de verdade. Tem que salvar a capivara.”
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Em outro áudio o amiguinho diz para um colega:
“Uma capivara estava em cima do morro, escorregou e está perto da água. Se ela cair de novo, vai morrer. Você tem que ajudar a capivara.”
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Sensibilizada com o impacto que o caso teve nas crianças, Monique seguiu insistindo por uma solução, contatando novamente a Polícia Ambiental e até o Corpo de Bombeiros. A mobilização funcionou. Nesta quinta-feira (17), os policiais retornaram ao local com equipamentos de segurança e, com a ajuda do amigo de Monique — que indicou o ponto exato onde a capivara se encontrava —, o resgate finalmente foi realizado com sucesso.
Após alcançar o local, a equipe conseguiu imobilizar a capivara com segurança. Em seguida, o helicóptero da Polícia Militar foi acionado para realizar o transporte do animal até uma área segura no Pântano do Sul. De lá, a capivarinha foi levada de viatura até o CETAS (Centro de Triagem e Reabilitação de Animais Silvestres), onde agora recebe cuidados veterinários.
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