A Delegacia de Proteção Animal, ligada ao Departamento de Investigação Criminal da Capital, concluiu o inquérito que apura a morte de um cão atropelado no bairro Costeira do Pirajubaé, em Florianópolis, e indiciou o motorista responsável por maus-tratos qualificado, com agravante pela morte do animal.
O atropelamento aconteceu enquanto o condutor, servidor da Prefeitura de Florianópolis, dirigia um veículo oficial durante o horário de expediente. Câmeras de monitoramento registraram o momento em que o animal, um cão idoso de aproximadamente 20 anos, atravessava lentamente a via. Nas imagens, é possível observar que o motorista reduziu a velocidade ao se aproximar, mas não aguardou a travessia e seguiu com o veículo, passando com as rodas dianteira e traseira do lado direito sobre o cão.
Identificado como OTTO, o cachorro não resistiu aos ferimentos e morreu no local. Ele apresentava sinais visíveis de idade avançada e mobilidade reduzida.
O motorista foi interrogado e afirmou não ter percebido a presença do animal. No entanto, as imagens analisadas pela investigação indicam o contrário, revelando uma ação que, para a Polícia Civil, caracteriza maus-tratos qualificado com resultado morte — uma infração cuja pena prevista pode ultrapassar cinco anos de reclusão, além de multa. O inquérito já foi encaminhado ao Poder Judiciário.
Além do processo criminal, a responsabilidade administrativa do motorista, que admitiu estar a serviço da Prefeitura no momento do fato, fica agora a cargo do próprio órgão municipal, que deverá avaliar quais medidas serão adotadas internamente.
A morte do cão OTTO gerou comoção entre moradores da região da Costeira do Pirajubaé e levanta mais uma vez o alerta sobre o respeito à vida animal no trânsito urbano. O caso segue agora para análise judicial.
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