Apesar de Santa Catarina ter o menor índice de insegurança alimentar grave do Brasil, os dados mais recentes revelam que Florianópolis ainda enfrenta desafios importantes nessa área. De acordo com informações do CadÚnico, cerca de 1.440 famílias da capital catarinense estão em situação de risco grave de insegurança alimentar.
O levantamento considera as informações registradas nos 12 meses anteriores a janeiro de 2024 e mostra que, entre as 21.857 famílias inscritas no CadÚnico em Florianópolis, 6,6% vivem em condições que indicam grave insegurança alimentar. O índice da capital é maior que a média estadual, que está em 3,5%.
O estudo levou em conta dados como renda per capita familiar, setor de ocupação e localização geográfica. Mesmo com avanços nas políticas públicas, a realidade mostra que centenas de famílias na cidade não têm acesso regular e garantido a alimentos em quantidade e qualidade suficientes.
Santa Catarina, no geral, apresentou o melhor desempenho nacional, com 10.252 famílias em risco grave dentre as quase 300 mil registradas. A capital, no entanto, aponta uma concentração urbana maior desses casos, o que exige atenção especial nos territórios mais vulneráveis.
Florianópolis é uma cidade que mescla altos indicadores sociais com áreas de grande desigualdade. E é justamente nesses locais que se concentra a maior parte das famílias afetadas pela insegurança alimentar.
As ações voltadas à segurança alimentar na cidade e no estado envolvem programas de apoio à agricultura familiar, merenda escolar reforçada, e repasses específicos para aquisição de alimentos, priorizando comunidades periféricas, indígenas, quilombolas e tradicionais.
Ainda que os números gerais do estado sejam positivos, os dados revelam que há muito trabalho a ser feito para garantir o acesso pleno à alimentação adequada, especialmente na capital. O monitoramento contínuo e o fortalecimento das políticas públicas locais seguem como elementos essenciais para reverter esse cenário.
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