Na Grande Florianópolis, dezenas de mulheres estão buscando respostas e justiça após alegarem terem sofrido deformações no corpo e no rosto, causadas por procedimentos estéticos realizados por uma profissional que se apresenta como biomédica em São José. A Polícia Civil de Santa Catarina investiga o caso e já abriu inquérito para apurar as denúncias.
Até o momento, quatro boletins de ocorrência foram oficialmente registrados. As vítimas afirmam que os procedimentos foram feitos por S. D. S, que atendia em domicílio ou em clínicas informais e se apresentava como especialista em harmonização facial e preenchimento corporal.
Uma das vítimas conta que passou recentemente por sua quarta tentativa de correção após um preenchimento nos glúteos realizado em março. Com diagnóstico de infecção bacteriana e dores constantes, ela já gastou quase R$ 9 mil em tratamentos médicos e ainda terá que passar por cirurgia.
Outra paciente relatou que ficou mais de quatro meses com o rosto inchado após um procedimento de harmonização facial. Ela relata que procurou ajuda médica, foi informada que o procedimento havia sido mal feito e, após isso, foi bloqueada pela suposta biomédica em todas as redes sociais.
As denúncias se multiplicaram a partir de um grupo onde já estão reunidas mais de 30 mulheres com queixas semelhantes. Entre os relatos, muitas falam de abalo psicológico, perda de autoestima, dores crônicas, hospitalizações e altos gastos com tratamentos corretivos.
Segundo informações, não foi localizado registro profissional de suposta biomédica no Conselho Regional de Biomedicina de Santa Catarina. O CRBM-SC não confirmou se ela possui licença para atuar como biomédica. Apesar disso, a biomédica mantém presença ativa nas redes sociais, com cerca de 10 mil seguidores, onde se apresenta como “expert em lábios”.
O caso gerou grande repercussão, e a Polícia Civil informou que um inquérito foi oficialmente instaurado nesta segunda-feira (28) para aprofundar as investigações. As vítimas devem ser ouvidas nos próximos dias. Um dos boletins de ocorrência já aponta a ocorrência de lesões, o que deve ser confirmado por laudo médico.
Até o momento, o Procon de São José não recebeu denúncias formais relacionadas à profissional.
As investigações seguem em andamento.
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