A defesa do protetor de animais preso por maus-tratos em Biguaçu, na Grande Florianópolis, apresentou a versão sobre um dos pontos mais chocantes da operação policial que resgatou quase 80 cães no sítio onde ele vivia: a presença de animais mortos dentro de um freezer.
Segundo a advogada, o congelamento foi adotado como medida emergencial para evitar a disseminação de doenças virais no local. Ela explicou que os cães teriam morrido em decorrência de cinomose e parvovirose, enfermidades altamente contagiosas, capazes de permanecer ativas por anos no ambiente contaminado.
Ainda conforme a defesa, enterrar os animais imediatamente não seria seguro, pois a decomposição no solo poderia manter o vírus ativo e colocar outros cães em risco. O congelamento, segundo ela, seria uma forma de inativar o agente causador da doença antes do sepultamento.
A advogada também destacou que o protetor atuava sem apoio financeiro público e com recursos limitados, o que dificultava a manutenção adequada dos animais.
O homem foi preso na sexta-feira (8) e liberado no sábado (9), após audiência de custódia no Tribunal de Justiça de Santa Catarina. Como medida judicial, ele está proibido de manter animais sob sua guarda e deverá passar por acompanhamento psicológico e psiquiátrico oferecido pelo município ou pelo Estado.
Durante a operação, equipes da Polícia Militar encontraram cães debilitados, desnutridos e doentes, vivendo em condições insalubres e sem alimentação adequada. O caso segue em investigação, e o protetor responderá pelo crime de maus-tratos a animais.
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