Duas rendeiras manezinhas embarcaram nesta sexta-feira (5) rumo a Portugal, com destino ao arquipélago dos Açores, para ensinar a tradicional renda de bilro a novas artesãs e artesãos locais. A missão, que dura um mês, é fruto de uma parceria entre a TAP Air Portugal, a Prefeitura de Florianópolis, a Casa dos Açores de Santa Catarina e o governo da cidade de Velas, na Ilha de São Jorge.

Enquanto a arte da renda de bilro enfrenta escassez de profissionais nos Açores, em Florianópolis a tradição segue viva, sendo tanto um símbolo cultural quanto uma fonte de renda. Segundo o prefeito Topázio Neto, a cidade atende a um chamado internacional para compartilhar técnicas e capacitar novas gerações: “São diversas rendeiras e rendeiros em atividade aqui, perpetuando uma tradição que gera renda e faz parte da nossa identidade. Levamos nossa experiência para ajudar a resgatar o conhecimento onde ele vem se perdendo.”

A renda manezinha evoluiu ao longo do tempo. Originalmente usada como enfeite doméstico, hoje integra até a alta costura contemporânea. Em junho de 2025, as peças receberam um selo municipal de identificação de procedência, certificando qualidade e origem. A atividade também é reconhecida como Patrimônio Cultural em Santa Catarina.
Marli Nadir Barcelos, uma das rendeiras da missão, destacou a importância de levar o ofício de volta às suas raízes: “Primeiro eles nos trouxeram a renda e agora nós estamos indo ensinar o ofício de volta a eles. A nossa cultura com o bilro jamais vai morrer e Florianópolis está muito segura disso. Somos uma potência e queremos ajudar no processo de resgate desse conhecimento.”
O portal Agora Floripa segue apurando detalhes sobre a missão internacional das rendeiras manezinhas e o impacto cultural desta troca entre Florianópolis e os Açores.


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