Uma desavença familiar terminou em tragédia no bairro Rio Grande, em Palhoça, e agora também em condenação judicial. Nesta terça-feira (26), o Tribunal do Júri sentenciou um homem a 12 anos de prisão pelo homicídio de seu enteado, após uma discussão ocorrida em novembro de 2023.
O caso começou semanas antes, quando a vítima havia sido expulsa da edícula onde morava com a mãe, a irmã e o padrasto. No dia 10 de novembro, por volta das 13h, ele voltou ao imóvel pedindo para retornar à residência. A mãe negou a entrada e os dois iniciaram uma discussão em frente à casa. Nesse momento, o réu, filho da madrasta da vítima, interveio e disparou sete vezes contra o homem, que caiu no chão. Mesmo já imobilizado, a vítima foi atingida novamente na cabeça, morrendo no local.
O Conselho de Sentença reconheceu a prática de homicídio qualificado, considerando três fatores: motivo fútil, emprego de meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima. A tese da acusação foi acolhida integralmente, enquanto os pedidos da defesa de legítima defesa e homicídio privilegiado foram rejeitados.
A decisão ainda determinou que o réu deve cumprir a pena de forma imediata, sem direito a recorrer em liberdade. A execução foi confirmada com base no entendimento do Supremo Tribunal Federal de que as sentenças do Tribunal do Júri possuem efeito imediato.
A condenação encerra um capítulo de violência marcado por uma intrincada relação familiar e pela perda trágica de uma vida no bairro Rio Grande, em Palhoça. O caso segue como exemplo da atuação do júri popular em crimes contra a vida, refletindo a gravidade atribuída pela sociedade a esse tipo de delito.
Compartilhe essa informação com quem precisa saber!
Entre na comunidade do AGORA FLORIPA e receba informações gratuitas no seu Whatsapp!