A Praça Santos Dumont, no bairro Trindade, em Florianópolis, voltou a ser palco de uma cena lamentável. Na noite de segunda-feira (11), um evento convocado por um Diretório Acadêmico da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) transformou novamente o espaço público em um verdadeiro lixão a céu aberto. Ao amanhecer desta terça-feira (12), garrafas, copos e outros resíduos estavam espalhados pelo chão, enquanto os contentores de lixo permaneciam praticamente vazios.
O cenário gerou indignação entre moradores e frequentadores, já que a situação é recorrente a cada início de semestre. Mesmo com a instalação recente de mais lixeiras para tentar evitar o problema, a sujeira e a depredação se repetiram. Equipamentos da praça foram danificados, incluindo a placa de inauguração, que também sofreu vandalismo.
A convocação para o evento foi revelada com exclusividade por e-mail recebido pelo vereador João Padilha, reacendendo uma discussão que já havia ganhado destaque em março deste ano. Naquela ocasião, o parlamentar precisou intervir para resolver o mesmo problema após o evento CUDESC, que também deixou a praça em estado de calamidade.
Segundo Padilha, a reincidência deixa claro que a situação não é um caso isolado, mas uma falha grave de respeito ao espaço público. Ele afirmou que não é a primeira vez em 2024 que a Praça Santos Dumont amanhece destruída por eventos do tipo. “Em março, atuamos para limpar a praça após o evento CUDESC. Agora, novamente, tivemos que acionar a prefeitura para realizar a limpeza logo pela manhã. A Trindade não pode ser tratada como depósito de lixo”, disse.
O Gabinete do vereador Padilha oficiou a Prefeitura de Florianópolis logo cedo para garantir que a limpeza fosse feita ainda durante a manhã, ação que foi executada pelas equipes da Comcap.
Além disso, o vereador solicitou informações à prefeitura para esclarecer se houve autorização formal para a realização do evento e quais medidas de fiscalização foram adotadas. Ele também quer saber quem solicitou o uso do espaço, se a Comcap notificou algum outro órgão e quantos funcionários foram deslocados para a limpeza. “O espaço público é de todos. É inadmissível que, em nome de um evento, se destrua um ambiente que deveria ser de lazer e convivência para a comunidade. Já atuamos uma vez, atuamos de novo agora e vamos seguir cobrando medidas para que isso não aconteça mais”, concluiu.
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