Um estudo inovador envolvendo a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) aponta que um estilo de vida pouco saudável entre jovens universitários está ligado a um maior risco de desenvolver sintomas de depressão. A pesquisa faz parte do projeto internacional Unilife-M, que acompanha como os comportamentos de saúde e a saúde mental mudam ao longo da jornada acadêmica.
O projeto monitora aspectos essenciais do cotidiano dos estudantes, como a prática de atividade física, hábitos alimentares, qualidade do sono, relacionamentos sociais e tempo em frente às telas. A partir dessa análise, os pesquisadores observaram que mudanças nesses comportamentos influenciam diretamente o bem-estar psicológico dos jovens.
Na amostra estudada, cerca de 42,3% dos estudantes apresentaram um estilo de vida saudável. Já um grupo menor, com 13,7%, combina hábitos bons e ruins, e um grupo maior, de 44%, foi identificado com estilo de vida de risco. Os jovens com hábitos menos saudáveis têm três vezes mais chances de apresentar sintomas moderados ou graves de depressão do que aqueles com um estilo de vida mais positivo.
Mais da metade dos universitários brasileiros já mostram um alerta significativo para sintomas depressivos, conforme a pesquisa, o que reforça a importância de se entender como os hábitos diários impactam a saúde mental.
Além do monitoramento comportamental, o projeto acompanha os alunos da UFSC em ciclos anuais de avaliação, incluindo testes físicos realizados no Centro de Desportos da universidade. Com isso, a equipe pode analisar as mudanças ao longo do tempo e traçar um panorama completo da relação entre estilo de vida e saúde mental.
Outro ponto importante da pesquisa é a observação do comportamento sedentário. Estudo relacionado, envolvendo mais de 50 mil jovens da América do Sul, mostrou que mais de 40% dos estudantes passam muitas horas sentados, o que pode aumentar em até 53% o risco de sofrimento psicológico.
Essa investigação traz um alerta sobre a necessidade de atenção aos hábitos dos jovens, principalmente durante a universidade, período crucial para o desenvolvimento de transtornos mentais. A UFSC, por meio deste estudo, reforça a importância de ações que promovam um estilo de vida saudável para proteger a saúde mental dos estudantes e contribuir para uma formação acadêmica e pessoal mais equilibrada.
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