Um projeto inovador que une tecnologia, saúde pública e engajamento social garantiu o primeiro lugar na final do Sinova UFSC Startup Mentoring – Ciclo 2025/1. A equipe Capyloc, formada por estudantes da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), desenvolveu um sistema colaborativo para mapear a presença de capivaras em áreas urbanas. A proposta tem como foco a prevenção da febre maculosa, doença transmitida pelo carrapato-estrela, frequentemente encontrado nesses animais.
A apresentação final aconteceu no dia 11 de julho, no auditório do Sebrae Hub, em Florianópolis. O evento reuniu diversas equipes da UFSC, e os projetos foram avaliados por seu impacto, inovação e viabilidade. A Capyloc foi a grande vencedora, seguida pela equipe All Vite, que desenvolveu uma proposta para aproveitar resíduos de vinho na produção de óleo, e pela Blocktrace, com uma solução em blockchain voltada à rastreabilidade de produtos industriais.
O sistema da Capyloc funciona por meio de uma plataforma digital que permite à população reportar avistamentos de capivaras em espaços urbanos. Esses dados são convertidos em mapas de risco e relatórios que podem ser usados por prefeituras e órgãos ambientais na tomada de decisões. O diferencial da proposta está no uso de ferramentas gamificadas, como os “CapyPoints”, que premiam os usuários que colaboram com informações. A ideia é estimular o engajamento da comunidade no monitoramento e na prevenção de riscos à saúde.
A proposta chamou a atenção de projetos e instituições que atuam em Florianópolis, como o Projeto CAPI – Capivaras na Ilha e a Fundação Municipal do Meio Ambiente (Floram). O reconhecimento também veio com diversos prêmios, incluindo troféu, ingresso para o Startup Summit, kits de produtos, mentorias com especialistas e gravações em estúdio para divulgação da ideia.
A Capyloc nasceu dentro da Jornada Level Up, um programa da UFSC voltado ao incentivo ao empreendedorismo entre os estudantes. Os integrantes do grupo vencedor são alunos dos cursos de Engenharia de Materiais, Engenharia Eletrônica e Sistemas de Informação. Eles passaram por etapas intensas de desenvolvimento de ideias, testes e aprimoramento do modelo de negócio, até chegarem à apresentação final.
Durante a jornada, a equipe mergulhou no problema e viu na convivência com as capivaras uma oportunidade de promover mudanças reais nas cidades. O projeto alia ciência, tecnologia e participação social para enfrentar um desafio que afeta diretamente o cotidiano de quem vive em regiões como Florianópolis, onde a presença desses animais é comum em parques e áreas urbanas próximas a rios.
A premiação e o reconhecimento da Capyloc mostram como ideias simples, baseadas em problemas reais do dia a dia, podem crescer e se transformar em soluções aplicáveis com impacto social direto. Para os organizadores da jornada empreendedora, o projeto é um exemplo claro de como o conhecimento gerado na universidade pode se traduzir em iniciativas práticas com potencial para transformar cidades inteiras.

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