Na tarde de sábado (12), uma cena comovente marcou a Praia da Pinheira, em Palhoça, litoral de Santa Catarina. Um homem, descrito por muitos como um verdadeiro “anjo”, usou sua experiência de anos em resgates para salvar uma baleia que estava presa em uma rede de pesca. A ação foi registrada por um drone e viralizou nas redes sociais.
A baleia, acompanhada de um filhote, havia sido vista pela primeira vez na quinta-feira (10) e vinha sendo monitorada por equipes do Ibama, Corpo de Bombeiros e Polícia Militar Ambiental. Embora o animal estivesse enredado há dois dias, nenhuma intervenção havia sido autorizada até então.
O “anjo” que apareceu para ajudar é Marcos Antônio, de 41 anos. Com 15 anos de experiência como socorrista, ele entrou no mar com uma prancha de stand up paddle e remou cerca de quatro quilômetros até a Ponta do Papagaio, onde o animal estava. Sem motor, sem barulho, apenas com cautela e respeito, ele se aproximou com o objetivo claro: libertar a baleia com segurança, tanto para ela quanto para ele.
Durante o trajeto, Marcos ainda cruzou com duas outras baleias, uma delas também com filhote, o que reforçou seu cuidado ao se aproximar da que estava presa. Ele observou os movimentos do animal, identificou o melhor momento e, com um gancho improvisado, retirou a rede que prendia a baleia.
“Foi como se o tempo parasse, ficamos eu e ela”, relatou, emocionado. O socorrista tomou o cuidado de puxar a rede sem atingir o filhote, priorizando o bem-estar do animal em todos os momentos. Após a liberação, a baleia seguiu mar adentro.
Apesar da repercussão positiva nas redes, a ação também levantou dúvidas sobre possíveis penalidades. Isso porque o Ibama informou que qualquer resgate de cetáceos deve seguir protocolos rigorosos, realizados apenas por equipes autorizadas. A entidade esclareceu que, até o momento, não há confirmação de multa, e que uma equipe técnica ainda avalia se houve algum tipo de molestamento ao animal.
Marcos, que inicialmente desejava manter o anonimato, decidiu se identificar após saber que outras pessoas estavam tentando se passar por ele. Disse que não agiu por fama, mas por consciência e por um profundo senso de responsabilidade com a vida marinha — um gesto que, para quem acompanhou a cena, só pode ser definido como o de um verdadeiro “anjo do mar”.
A história do resgate segue comovendo pessoas por todo o país e reforça a conexão única entre o ser humano e os oceanos — especialmente quando o cuidado vem do coração.
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